Inteligência Artificial é debatida em projeto de lei no Senado

Conforme aumenta o uso de inteligência artificial no agronegócio e nas mais diversas áreas, também cresce a necessidade de leis que possam garantir e preservar os direitos dos seres humanos

Publicado em 03/01/2024

Para muitos profissionais, a Inteligência Artificial é uma ferramenta a mais de trabalho, mas, para alguns deles, é uma nova forma de cometer crimes virtuais, seja para roubar dados de consumidores ou até para criar vídeos falsos usando a imagem e a voz das pessoas. Apesar de já fazer parte do nosso dia a dia, , ainda não existem leis específicas para a regulamentação de IA, afirma o advogado Bruno Marcolini, da área de Direito Societário. Segundo ele, as possíveis sanções podem vir de várias outras leis (direito do consumidor, direitos autorias, proteção de dados e etc), de acordo com o caso específico.

Agora, tramita no Senado Federal o Projeto de Lei nº 4025, de 2023, de autoria do Deputado Marx Beltrão (PP-AL), que visa alterar dispositivos que tratam do direito autoral no Brasil, especificamente na Lei nº 10.406/2002 (Código Civil) e na Lei nº 9.610/1998 (Lei de Direitos Autorais). O projeto aborda a utilização da imagem de pessoas vivas ou falecidas, bem como direitos autorais de criadores de obras e conteúdos disponibilizados na Internet no âmbito da inteligência artificial.
Senado quer criar meios de enquadrar os riscos gerados pela IA
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Entre os desafios da tecnologia, Marcolini diz que é importante analisar que o mercado tecnológico é gigantesco no Brasil e no mundo, e que criar regulamentações que proíbam o uso de tecnologia simplesmente por proibir não é a resposta para nada. “A regulamentação precisa criar um balanço entre desenvolvimento tecnológico e direito autoral, algo extremamente complicado”, alerta o advogado da Andersen Ballão.
Esse PL visa criar meios de enquadrar os riscos gerados por IAs em relação aos direitos do ser humano. Caso seja aprovado, esse PL será um marco fundamental para a compreensão de como o tema vai se estabelecer no Brasil
Bruno Marcolini, advogado da área de Direito Societário
O especialista destaca que é importante ter em vista que já vivemos na era das IAs, e por isso precisamos cada vez mais entender esse modelo de tecnologia, para melhor adaptá-la à nossa realidade. “Eu vejo três benefícios principais com esse projeto: a regulamentação da criação de obras para fins de direitos autorais (tirando autores da zona cinzenta de saber se de fato existe um dano), a diminuição da quantidade absurda de conteúdo sintético gerado por IAs e um passo importante no programa de governança de IA no Brasil”, afirma.
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