Nível do Rio Guaíba volta a recuar e mortes chegam a 163

O sobe e desce do lago causa apreensão no Rio Grande do Sul

Subiu para 163 número de mortes em razão da enchente, conforme boletim divulgado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul às 9h desta quinta-feira. A forte chuva que atinge o Estado provocou estragos em 468 dos 497 municípios.


Área do Mercado Público, no Centro de Porto Alegre, já secou
Área do Mercado Público, no Centro de Porto Alegre, já secou

Ao menos 806 pessoas se feriram. Há registro de 72 desaparecidos. O RS tem 581.643 desalojados e 65.762 pessoas em abrigos ou em casa de parentes e amigos. São 2,34 milhões de gaúchos afetados pela tragédia climática. A chuva também levou o Guaíba ao maior nível já registrado: 5,35 metros no Cais Mauá, no Centro Histórico de Porto Alegre. O nível do Guaíba chegou a 3,96 metros na madrugada, mas estava em 3,83 metros no Cais Mauá, na medição das 9h15min. Especialistas, porém, projetam volume acima da cota de inundação até o início de junho.





O desastre climático ainda afetou o fornecimento de água tratada e de energia elétrica em centenas de milhares de imóveis. As equipes de resgate salvaram 82.666 pessoas e 12.440 animais. O boletim mais recente da Corsan informa que o sistema foi normalizado e a companhia segue trabalhando para o restabelecimento do serviço em pontos específicos. Na capital, o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) relata que uma estação de tratamento de água (ETA) segue com operações suspensas, a ETA das Ilhas. As outras ETAs da cidade estão operando, embora algumas com capacidade reduzida. Isso estaria provocando um novo alagamento dos bairros Praia de Belas e Menino Deus, na área central.



Começa hoje a limpeza das áreas internas do Mercado Público, no Centro Histórico, com uma equipe que fará a remoção do lodo por meio de hidrojateamento e auxílio de caminhão-pipa. Os serviços também incluem a desinfecção do local e devem demorar cinco dias, com investimento de R$ 284 mil. Em uma segunda etapa, os permissionários poderão avaliar os prejuízos e realizar o descarte de resíduos com auxílio do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU). A terceira etapa prevê desinfecção da área térrea e a limpeza e desinfecção do piso superior.





“Vamos trabalhar com rapidez para devolver o Mercado Público aos mercadeiros e aos porto-alegrenses”, explica o secretário municipal de Administração e Patrimônio, André Barbosa. Equipes do DMLU fazem a limpeza da parte externa do prédio histórico. A água chegou a 1,7 metros acima do verificado na enchente de 1941.

O DMLU contratou um aterro de inertes para disposição final dos resíduos retirados pós-enchente. No valor de R$ 19,710 milhões, o contrato tem um prazo de seis meses. A contratada é a Unidade de Valorização de Resíduos da Construção Civil São Judas Tadeu Ltda, de Gravataí.



Neste aterro de inertes será possível descartar de 77 mil a 180 mil toneladas de resíduos pós-enchente. A operação de envio destes materiais até o aterro de Gravataí começou ontem. Os caminhões vão coletar os materiais dispostos, atualmente, em três bota-espera, localizados nas regiões que foram inundadas ou próximas. Um deles é o aterro da Serraria e outros dois estão localizados na avenida Loureiro da Silva.



Cerca de 42 mil veículos transitaram pelo corredor humanitário ampliado, no Centro Histórico, no primeiro dia após a liberação do acesso lateral junto à Estação Rodoviária, segundo informações da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).



Desde o final da tarde da terça-feira, dia 21, os motoristas têm uma rota ampliada para entrada e saída da Capital via Largo Vespasiano Júlio Veppo, o que possibilitou a abertura do Túnel da Conceição, no sentido Capital/Interior. Em 24 horas, o fluxo médio observado chegou a 1,7 mil veículos por hora.




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