Iniciativa despertou preocupações sanitárias e poderia colocar em risco a avicultura paranaense, a maior do Brasil
A construção de 64 galinheiros comunitários no Oeste e litoral do Paraná foi suspensa após manifestações do Sistema FAEP e de órgãos estaduais. O projeto, desenvolvido pela Itaipu Binacional em parceria com a Fundação Luterana de Diaconia (FLD), visava comunidades indígenas, mas gerou alerta sobre riscos sanitários à cadeia avícola.
A decisão foi oficializada pela Itaipu em ofício enviado à Secretaria Estadual da Agricultura (Seab) e à Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), atendendo à solicitação feita pelo Sistema FAEP ainda em março. Segundo a entidade, as estruturas comunitárias, com capacidade para 100 aves cada, poderiam facilitar a disseminação de doenças como a gripe aviária.
O presidente interino do Sistema FAEP, Ágide Eduardo Meneguette, destacou a importância da medida: “A suspensão dos galinheiros é essencial para manter a sanidade da avicultura paranaense. Nossa produção é uma referência nacional e movimenta mais de R$ 40 bilhões por ano.”
A própria Itaipu reconheceu os riscos sanitários no contexto atual e anunciou o cancelamento de todas as atividades ligadas ao projeto. Inicialmente, a empresa havia prometido implementar protocolos sanitários nas unidades, mas a confirmação de um foco de gripe aviária no Rio Grande do Sul reforçou a necessidade de ações mais cautelosas.