Exportação de carne de aves brasileira tem restrições suspensas por África do Sul e Singapura

A exportação de carne de aves brasileira ganhou novo impulso nesta semana. África do Sul e Singapura retiraram as restrições impostas após a confirmação de um foco de gripe aviária de alta patogenicidade (IAAP) no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul.

Com isso, o número de mercados abertos à carne de frango do Brasil chegou a 25. Além disso, a liberação fortalece a imagem sanitária do país junto aos principais parceiros comerciais.

Países com comércio totalmente liberado

Estão com as exportações plenamente restabelecidas: África do Sul, Argélia, Argentina, Bolívia, Bósnia e Herzegovina, Cuba, Egito, El Salvador, Emirados Árabes Unidos, Filipinas e Índia. Também integram essa lista: Iraque, Lesoto, Líbia, Marrocos, Mauritânia, Mianmar, Montenegro, Paraguai, República Dominicana, Singapura, Sri Lanka, Uruguai, Vanuatu e Vietnã.

Países que mantêm suspensão total

Exportação de carne de aves brasileira avança com novas liberações no comércio internacional. Foto: Canva

Por outro lado, alguns países continuam com o bloqueio completo às exportações brasileiras. É o caso de: Albânia, Canadá, Chile, China, Macedônia do Norte, Malásia, Paquistão, Peru, Timor-Leste e União Europeia.

Restrições regionais

Enquanto isso, outros adotaram restrições apenas ao estado do Rio Grande do Sul. Nessa categoria estão: Angola, Arábia Saudita, Armênia, Bahrein, Bielorrússia, Cazaquistão, Coreia do Sul, Kuwait, México, Namíbia, Omã, Quirguistão, Reino Unido, Rússia, Tajiquistão, Turquia e Ucrânia.

Além dessas restrições, Catar e Jordânia limitam a suspensão ao município de Montenegro (RS). Já o Japão restringe a compra apenas dos municípios de Montenegro, Campinápolis e Santo Antônio da Barra.

Aplicação da regionalização

Outros países adotaram o conceito de regionalização. Isso significa que suspensões se aplicam apenas a áreas específicas. Essa abordagem está em vigor em Hong Kong, Maurício, Nova Caledônia, São Cristóvão e Nevis, Suriname e Uzbequistão.

Segundo normas internacionais, a regionalização segue o Código Terrestre da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Dessa forma, os países evitam interromper o comércio com regiões não afetadas. Além disso, o Acordo SPS da Organização Mundial do Comércio (OMC) reforça esse modelo como prática aceita globalmente.

Por fim, o Brasil continua articulando com seus parceiros para reabrir os mercados ainda suspensos. A estratégia busca preservar a confiança internacional na exportação de carne de aves brasileira.