Avicultura cresce com tecnologia, rastreabilidade e logística, garantindo qualidade e liderança no mercado nacional e internacional
A avicultura no Paraná investe em tecnologia e logística para garantir qualidade e rastreabilidade do frango, do aviário ao porto. Além disso, o estado se mantém como maior produtor de frango do Brasil. De acordo com dados do IBGE, em 2024, a indústria avícola paranaense respondeu por 34,85% da produção nacional e 42,10% das exportações.
O empresário Roberto Kaefer, presidente do Sindiavipar, destaca que os últimos dez anos de investimentos foram decisivos para que a região ocupasse posição de liderança. Segundo ele, “automação, monitoramento digital e sanidade avícola são essenciais para o crescimento e a competitividade nos próximos anos”. Além disso, a inovação e a sustentabilidade impulsionam todos os setores da cadeia produtiva.
O modelo integrado divide responsabilidades entre cooperativas e produtores. Por exemplo, “a cooperativa fornece pintinhos, ração, assistência técnica, faz o abate e a comercialização. Cada parte tem compromisso com a outra”, explica Reni Girardi, diretor industrial da C.Vale.
Na Lar Cooperativa Agroindustrial, todos os processos possuem rigoroso controle documental. Dessa forma, Jair Meyer, superintendente de Suprimentos e Alimentos, afirma que cada ação ou intervenção é registrada, permitindo auditoria e garantindo maior autossuficiência da cadeia.
Além disso, os médicos veterinários Daniel Dalla Costa e Lérida Fantin reforçam que todos os registros de processos, matérias-primas e insumos são associados a códigos de rastreabilidade. Dessa maneira, o produto acompanha toda a cadeia até o consumidor, garantindo segurança e transparência.
Segundo Meyer, a produção é monitorada por sensores e equipamentos de medição que asseguram limites de segurança. Durante o abate e a embalagem, sensores, visão computacional e raio-X detectam desvios ou corpos estranhos, enquanto etiquetas inteligentes mantêm a rastreabilidade. Além disso, testes de DNA e análises rápidas aceleram a validação sanitária.
As automações também promovem bem-estar animal e sustentabilidade. Por exemplo, “máquinas de incubação ajustam O₂ e CO₂ para reduzir estresse das aves”, destaca Meyer. Além disso, a Lar certifica produtores pelo Programa Lar de Sustentabilidade, reforçando o compromisso com práticas responsáveis.
Na C.Vale, cerca de 60% da produção vai para exportação, transportada por ferrovia até Paranaguá. Entre os principais destinos estão China, África do Sul, Filipinas, Reino Unido e México. Por outro lado, no mercado interno, a distribuição ocorre por transporte rodoviário.
Além disso, a Lar Agroindustrial atua em mais de cem mercados internacionais, cumprindo legislações específicas e garantindo segurança alimentar e processos de excelência.
Por fim, Roberto Kaefer reforça que, mesmo com grande volume de produção, mais de 60% do frango produzido no Brasil permanece no mercado interno. No entanto, o Paraná mantém a liderança nas exportações, apoiada por protocolos rígidos e parcerias público-privadas em defesa sanitária. “O setor avícola paranaense sempre esteve à frente em biosseguridade. Continuaremos investindo em inovação e capacitação”, conclui.