Após debate entre entidades, Itaipu adota medidas sanitárias para galinheiros comunitários
Animais serão cadastrados, estruturas restritas a galinhas e concentradas no Oeste do Paraná

Protocolo sanitário será implementado em galinheiros comunitários. Foto: Divulgação/FAEP

A Itaipu Binacional anunciou a adoção de um protocolo sanitário específico para os 64 galinheiros comunitários em implantação em aldeias indígenas no Oeste do Paraná. A decisão foi tomada em reunião realizada nesta segunda-feira (7), em Cascavel, que contou com a participação de representantes do setor público e privado.
A medida busca atender preocupações relacionadas à biossegurança e à saúde animal, levantadas por entidades do setor produtivo, como o Sistema FAEP. “A reunião foi produtiva e trouxe avanços importantes para fortalecer a segurança sanitária na avicultura paranaense”, avaliou o presidente interino da FAEP, Ágide Eduardo Meneguette.
Também participaram da reunião representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab), do Sistema Ocepar, de cooperativas, do Sindiavipar e da própria Itaipu.
O protocolo será elaborado pela Adapar em conjunto com a Itaipu e prevê medidas como georreferenciamento dos galinheiros, cadastramento dos animais e a restrição da criação exclusivamente a galinhas. Além disso, as estruturas serão limitadas à região Oeste do Paraná e não haverá aquisição de novas aves no projeto.
Entenda o caso
O projeto dos galinheiros é uma iniciativa da Fundação Luterana de Diaconia (FLD), em parceria com a Itaipu Binacional, por meio do programa Itaipu Mais que Energia. A proposta prevê a instalação de 64 unidades com 100 aves cada, totalizando 6.400 animais, voltadas ao fortalecimento da segurança alimentar em comunidades indígenas.
Diante de preocupações sobre possíveis riscos sanitários, entidades como a FAEP, a Seab e a Adapar sugeriram à Itaipu uma reavaliação da iniciativa e o reforço de medidas preventivas. O Paraná possui reconhecimento internacional por seu status sanitário e o objetivo das novas diretrizes é manter esse padrão.
