Em pouco mais de 20 anos a produção agrícola brasileira cresceu mais de 100% em toneladas de grãos. Para chegar a este resultado houve um significativo avanço nas tecnologias rapidamente absorvidas pelos produtores, principalmente na questão das máquinas agrícolas. Estas, hoje, possuem cada vez mais, maior capacidade produtiva, permitindo terminar uma colheita na metade do tempo ou menos.
Se, por um lado isto é bastante positivo, por outro criou um problema, por conta de um gap para os que possuem armazenagem, tanto na propriedade quanto terceirizada. A rapidez com que os grãos são depositados nos silos por causa deste aumento na velocidade de colheita cria um problema logístico na recepção destes grãos, uma vez que eles não estão armazenados na sua melhor condição, muitas vezes ainda bem úmidos.
“O que nós criamos foi uma solução que permite ao armazenador, seja na propriedade ou em cerealistas, por exemplo, realizar a secagem deste grão, diretamente no silo via aeração forçada corretamente dimensionada, que vai concluir o processo em curto espaço de tempo, afirma o diretor executivo da Qualygran Tecnologia Agroindustrial, Júlio Espel. Ele explica que o SDS (Smart Dryer System) é uma tecnologia já existente, composta de sensores de umidade e temperatura, que interpretam o clima externo para acionar o sistema e fazer as correções do ar automaticamente quando necessário.
Conforme diz Espel, uma das questões mais delicadas no processo de armazenagem é a secagem dos grãos. Segundo ele fatores internos e externos interferem de várias formas e, as vezes, uma safra pode levar muitos meses para ter os grãos nas condições adequadas de entrega ao mercado. “Cada irregularidade, grãos ardidos, mofados, quebrados, com umidade fora do padrão, são itens avaliados por quem compra o produto e descontados na hora do acerto de contas, na classificação do grão. Isto resulta em perdas financeiras para o produtor. Se ele investe nesta solução que estamos apresentando, deixa de ter estes problemas e, consequentemente, vai ter mais lucro ao vender a sua produção”, ressalta o executivo.
O SDS também reduz os custos com energia e mão de obra, uma vez que o tempo de uso de aeradores acaba diminuindo, já que o tempo de secagem do grão também diminui. “E por outro lado, o que é muito positivo, o produtor vai ganhar na melhoria qualitativa e quantitativa dos grãos. Portanto, é uma tecnologia que vem para aumentar os lucros de quem trabalha com armazenagem”, finaliza Espel.
