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Preços de alimentos sobem e pressionam a inflação de fevereiro, diz o Ipea

Arroz, feijão, batata, cenoura, ovos e leite foram os itens que mais subiram

Publicado em 15/03/2024

A família brasileira de baixa renda está sentindo no bolso o peso do aumento dos alimentos, desde o primeiro semestre do ano passado, e confirmado, nesta quinta-feira (14), pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). A inflação de fevereiro acelerou 0,88% para todas as faixas de renda.

As famílias de renda média alta foram as que mais sentiram a alta nos preços, principalmente nas mensalidades escolares e no preço dos combustíveis.
Preços de alimentos subiram e pesaram mais para famílias de baixa renda. Foto: Apas
Preços de alimentos subiram e pesaram mais para famílias de baixa renda. Foto: Apas

Os dados estão no Indicador Ipea de Inflação.
Entre janeiro e fevereiro, a inflação no segmento de média alta subiu 0,88% – a maior alta no período. A menor inflação para o período, de 0,78%, foi registrada na classe de renda muito baixa, impactada pelo aumento dos alimentos no domicílio e das tarifas de ônibus urbano e de integração.

No acumulado em 12 meses até fevereiro, enquanto as famílias de renda muito baixa tiveram a menor taxa de inflação (3,56%), a faixa de renda alta registrou a taxa mais elevada (5,44%).


Alimentos e bebidas

Pelo terceiro mês consecutivo, o grupo alimentos e bebidas teve o principal impacto para as classes com rendas mais baixas, especialmente em itens mais importantes da cesta básica: arroz (3,7%), feijão (5,1%), batata (6,8%), cenoura (9,1%), ovos (2,4%) e leite (3,5%).

Em menor intensidade, o grupo transporte também impactou a inflação dos segmentos de menor renda, repercutindo os reajustes das passagens de ônibus urbano (1,9%) e do transporte público por integração (9,4%).
Para as classes de renda média, média alta e alta, o foco de pressão inflacionária em fevereiro, veio do grupo educação, influenciado pelo aumento de 6,1% das mensalidades escolares. No caso dos transportes, embora os reajustes da gasolina (2,9%) e do etanol (4,5%) também tenham contribuído positivamente para a inflação das famílias dos estratos mais elevados de renda, em fevereiro, a queda de 10,7% das passagens aéreas gerou um forte alívio sobre a inflação nesta faixa.


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