A família brasileira de baixa renda está sentindo no bolso o peso do aumento dos alimentos, desde o primeiro semestre do ano passado, e confirmado, nesta quinta-feira (14), pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). A inflação de fevereiro acelerou 0,88% para todas as faixas de renda.
Os dados estão no Indicador Ipea de Inflação.
Entre janeiro e fevereiro, a inflação no segmento de média alta subiu 0,88% – a maior alta no período. A menor inflação para o período, de 0,78%, foi registrada na classe de renda muito baixa, impactada pelo aumento dos alimentos no domicílio e das tarifas de ônibus urbano e de integração.
No acumulado em 12 meses até fevereiro, enquanto as famílias de renda muito baixa tiveram a menor taxa de inflação (3,56%), a faixa de renda alta registrou a taxa mais elevada (5,44%).
Alimentos e bebidas
Pelo terceiro mês consecutivo, o grupo alimentos e bebidas teve o principal impacto para as classes com rendas mais baixas, especialmente em itens mais importantes da cesta básica: arroz (3,7%), feijão (5,1%), batata (6,8%), cenoura (9,1%), ovos (2,4%) e leite (3,5%).
Em menor intensidade, o grupo transporte também impactou a inflação dos segmentos de menor renda, repercutindo os reajustes das passagens de ônibus urbano (1,9%) e do transporte público por integração (9,4%).