INÍCIO AGRICULTURA Algodão Publicado em 10/07/2024

Ritmo lento da colheita contrasta com alta acentuada do algodão

Apesar da estimativa de produção recorde de algodão na temporada 2023/24, vendedores seguem firmes em suas ofertas
Vandré Dubiela
O mercado doméstico de algodão em pluma experimentou uma alta acentuada nos preços neste início de julho. De acordo com pesquisadores do Cepea, essa elevação é impulsionada por uma oferta ainda limitada no mercado spot nacional, enquanto a demanda dos compradores se intensifica. Esses compradores têm ofertado valores mais altos na tentativa de atrair vendedores.
Apesar das projeções de uma produção recorde de algodão para a temporada 2023/24, os vendedores permanecem firmes em suas ofertas. A disponibilidade restrita faz com que muitos agentes priorizem o cumprimento de contratos a termo, em vez de liberar mais produto para o mercado spot.

No campo, o ritmo da colheita segue lento. Segundo dados da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), até 4 de julho, apenas 7,2% da área estimada no Brasil havia sido colhida. Esse progresso limitado contribui para a escassez de oferta no mercado imediato.

A resistência dos vendedores e a demanda crescente dos compradores criam um cenário de valorização dos preços. Com os compradores dispostos a pagar mais para garantir o abastecimento, a expectativa é de que os preços continuem firmes, pelo menos até que a colheita avance e mais algodão esteja disponível.


Esse panorama reflete as dinâmicas do mercado de algodão no Brasil, onde a oferta e a demanda estão em constante equilíbrio, influenciando diretamente os preços. A evolução da colheita nas próximas semanas será crucial para determinar se a oferta conseguirá atender à demanda crescente e estabilizar os preços.


Sobre o autor

Com mais de três décadas dedicadas ao jornalismo, iniciou a carreira no Jornal O Paraná, de Cascavel, passando pelas principais editorias. Conta com textos e fotografias publicados nos principais meios de comunicação nacional, entre os quais a Folha de São Paulo, Estado de S. Paulo, Gazeta do Povo e Revista Grid. Atuou ainda como produtor da TV Tarobá, afiliada da Band e como editor de portais de notícias. Também é autor do livro AREAC 50 anos – Pioneirismo na defesa e na valorização da agronomia paranaense. Nos últimos anos, se especializou em agronegócio, produzindo reportagens e artigos do gênero, inclusive trabalhos dedicados à OCEPAR (Organização das Cooperativas do Estado do Paraná).
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