Lideranças femininas do agro visitam a Abrapa e destacam o modelo de gestão da associação
Movimento Agroligadas reúne 60 lideranças femininas em visita à Abrapa para conhecer de perto a gestão, os programas e o modelo de organização que impulsionam o algodão brasileiro
Lideranças do movimento Agroligadas durante visita à Abrapa. Foto: Abrapa / Divulgação
A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) recebeu, nesta quarta-feira (12/11), cerca de 60 lideranças femininas do movimento Agroligadas em sua sede, em Brasília. A visita integrou o “Tour Agroligadas”, iniciativa criada para promover troca de experiências e, além disso, fortalecer o protagonismo feminino no campo.
Durante o encontro, o diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, apresentou o modelo de gestão da entidade. Além disso, ele detalhou os principais programas desenvolvidos pela associação, que envolvem qualidade, sustentabilidade, rastreabilidade e promoção do algodão brasileiro.
O diretor destacou ainda que a união do setor é decisiva para manter o padrão de qualidade da fibra. De acordo com ele, essa organização evita diferenças entre os estados produtores e, portanto, protege a reputação da pluma no mercado internacional.
As participantes visitaram também o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA). No local, acompanharam o processo de aferição das amostras por meio de equipamentos de HVI. Esse acompanhamento, por sua vez, demonstra como a tecnologia reforça a precisão das análises e, assim, amplia a confiabilidade do algodão brasileiro.
A presidente do movimento, Geni Schenkel, explicou que a escolha da Abrapa como primeira parada do tour ocorreu pela relevância institucional da entidade. Além disso, ela ressaltou que a associação é reconhecida pela eficiência de sua gestão e pela forte atuação na elaboração de políticas públicas para o setor.
Associativismo como força de transformação
Após a visita técnica, o grupo participou do talk show “Conectar para Crescer: o associativismo que move a Abrapa”. O painel foi mediado por Silmara Ferraresi, diretora de relações institucionais da associação e gestora do movimento Sou de Algodão.
Participaram ainda Marcela Albanez, presidente do comitê Women in Cotton Brasil; Rafaela Albuquerque, gestora da ApexBrasil; e Ângela Pimenta, diretora do Departamento de Promoção do Agronegócio do Ministério da Agricultura (Mapa).
Durante o debate, Rafaela apresentou o programa Cotton Brazil, desenvolvido pela Abrapa, Anea e ApexBrasil. Conforme explicou, o projeto fortalece a imagem do algodão brasileiro no exterior e, além disso, estabelece uma estratégia de branding que ressalta os atributos e a identidade da fibra.
Em seguida, Ângela Pimenta tratou da atuação dos adidos agrícolas brasileiros. De acordo com ela, esses profissionais, hoje presentes em 38 países, ampliam oportunidades comerciais e, desse modo, ajudam a abrir novos mercados.
Por outro lado, Marcela Albanez reforçou o papel das mulheres na cadeia do algodão. Para ela, o movimento Women in Cotton se consolidou porque transforma propósitos em ações concretas, o que fortalece a representatividade feminina em todas as etapas do setor.
No encerramento, Silmara Ferraresi destacou a consistência do trabalho desenvolvido pela Abrapa. Ela afirmou que a entidade construiu sua credibilidade por meio de estrutura, constância e entregas, fatores que impulsionaram o desenvolvimento da cotonicultura ao longo dos últimos 25 anos.
Do campo à cidade: a rede feminina do agro
Criado em 2017, o movimento Agroligadas tem como missão ampliar a participação das mulheres no agronegócio. Para alcançar esse objetivo, desenvolve projetos de educação e comunicação que conectam o campo à cidade. Assim, fortalece lideranças femininas e inspira uma nova geração de protagonistas do setor.
