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Algodão atinge maior média mensal em dois anos, mas cenário global ainda é de pressão

Preços reagem no Brasil e em NY, mas fundamentos globais seguem limitando altas

Foto do autor Redação RuralNews
27/05/2025 |

De acordo com o Agro Mensal, relatório da Consultoria Agro do Itaú BBA, o mercado de algodão voltou a apresentar alta nos preços em abril e maio, tanto no Brasil quanto em Nova Iorque. Ainda assim, os fundamentos globais seguem baixistas, com estoques elevados e menor necessidade de importações pela China.

Após cinco meses de queda, o algodão subiu 0,6% em abril em NY, para USDc 66,05/lb, e mais 2% na primeira quinzena de maio (USDc 67,35/lb). Mesmo com essa valorização, o preço ainda está 13,4% abaixo do observado em maio de 2024. No Brasil, os preços também subiram: em Rondonópolis, a alta foi de 0,5% em abril (R$ 4,03/lb) e mais 2% em maio (R$ 4,11/lb), atingindo a maior média mensal desde abril de 2023.

A valorização foi sustentada por prêmios positivos da fibra no Brasil e algum suporte cambial. Já os fundamentos de preço continuam pressionados por um balanço global abastecido e menor importação da China — principal consumidora mundial.

No Brasil, o desenvolvimento das lavouras segue positivo, com expectativa de produção próxima de 3,9 milhões de toneladas, segundo a Conab. Cerca de 70% das áreas estão em formação de maçãs e 30% em maturação. A área plantada cresceu 7% na safra atual. As chuvas favoreceram o desenvolvimento do ponteiro, mas trouxeram preocupação com apodrecimento no baixeiro em lavouras mais adiantadas, o que pode afetar a qualidade da pluma.

Nos EUA, o plantio começou em abril e está ligeiramente abaixo da média dos últimos cinco anos (40% da área plantada até 18/mai, contra média de 43%). Para 2025/26, projeta-se redução de 11% na área cultivada, com queda de 500 mil hectares, devido à relação de preços desfavorável da fibra frente aos grãos.

O USDA estima queda de 2,7% na produção global de algodão em 2025/26, para 25,6 milhões t, com consumo crescendo 1,2% (25,7 milhões t). A produção chinesa deve cair de 7 para 6,3 milhões t, com produtividade voltando à média histórica (2,2 t/ha). Ainda assim, o estoque inicial elevado deve manter as importações chinesas em 1,5 milhão t.

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Editor RuralNews
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