Fim do vazio sanitário libera plantio de soja em Goiás com segurança contra a ferrugem asiática
O vazio sanitário da soja em Goiás termina nesta quarta-feira (24), após 90 dias de proibição de plantas vivas. Assim, os produtores podem iniciar a semeadura já nesta quinta-feira (25). O plantio seguirá até 2 de janeiro de 2026, conforme o calendário da safra da Instrução Normativa nº 6/2024.
Leonardo Machado, gerente do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (IFAg), afirma que o vazio sanitário é a principal defesa contra a ferrugem asiática. “Ele interrompe o ciclo do fungo e garante um início de safra mais seguro”, explica.
O fungo Phakopsora pachyrhizi é altamente agressivo e pode reduzir drasticamente a produtividade se não houver controle. Além disso, ele se espalha pelo vento e sobrevive nas “sojas voluntárias”.
Portanto, a remoção dessas plantas é essencial para reduzir o número de inóculos e evitar contaminações precoces. “Sem hospedeiros no campo, o produtor tem uma janela de segurança maior e precisa aplicar menos fungicidas antecipadamente”, diz Machado.
Além de respeitar o calendário, os produtores devem registrar suas lavouras no Sidago até 17 de janeiro de 2026, ou seja, em até 15 dias após o fim da semeadura. É necessário informar área plantada, tipo de cultivo, cultivar, datas de plantio e colheita, coordenadas geográficas e CNPJ do fornecedor da semente, ou indicar se a produção foi própria.
Esse registro fortalece a gestão fitossanitária do estado. Assim, é possível monitorar lavouras e implementar ações preventivas contra pragas e doenças. “O mapa das lavouras ajuda no planejamento e reduz riscos no campo”, conclui Machado.