Na pecuária leiteira, assegurar o potencial produtivo das fazendas, a qualidade do leite que chega ao consumidor final e o bem-estar do rebanho requer cuidados contínuos, preventivos e de manejo, sobretudo ao longo dos 60 dias antes da vaca parir e dos 30 dias após o nascimento do bezerro. São os chamados 90 Dias Vitais, um intervalo crítico para a vaca. “É quando alterações físicas e metabólicas no animal, naturais à transição entre o período seco e a lactação, se não acompanhadas e mensuradas com rigor, têm mais chances de acarretar problemas que impactarão a saúde do animal e consequentemente a produção de leite lá na frente, prejudicando a rentabilidade da fazenda”, diz André Pratto, médico-veterinário, Gerente Técnico da Elanco Saúde Animal, segunda maior empresa do setor em todo o mundo e terceira no Brasil.
Segundo Pratto, para se ter uma ideia, uma vaca leiteira que chega clinicamente comprometida ao pós-parto pode significar uma perda diária de até 5 litros de leite para o produtor. “É muita coisa. Por isso, adotar estratégias de cuidados e manejo para os eventos que acontecem nestes 90 dias, fase em que quase toda vaca leiteira apresenta algum grau de imunodepressão, é condição-chave para evitar a queda na produção do leite, na taxa reprodutiva do rebanho e o aumento nos custos de tratamento”, completa André.
Formular uma dieta adequada, com uso de suplementos alimentares, maximizar o conforto, minimizar as interações sociais negativas e adequar o manejo de cocho são algumas das práticas de gestão utilizadas durante os três meses mais críticos à lactação, que ajudam a gerenciar o balanço energético e a função imunológica da vaca. Os programas de vacinação, prevenção e controle da mastite e monitoramento também são procedimentos indispensáveis.
Conheça os principais cuidados de manejo e soluções para cada etapa dos 90 Dias Vitais da pecuária leiteira:
Período seco (60 dias antes do parto) -- nesta fase, as estratégias de manejo requerem cuidados para a regeneração e saúde da glândula mamária da vaca leiteira, como o uso de terapia para secagem da vaca, ou terapia de vaca seca; programas de prevenção de mastites e de vacinas para a proteção da função imune do animal no período pré-parto. “Também é importante haver a administração de água em quantidade correta e uma dieta aniônica e suplementação oral, capazes de garantir o balanço energético do animal e prevenir a hipocalcemia puerperal, que é a deficiência de cálcio bastante conhecida no campo como febre do leite. Monitorar o peso do animal, o pH urinário e cuidar do conforto e higiene das instalações também são medidas essenciais”, diz André.
No pós-parto imediato - a prevenção de doenças metabólicas, relacionadas ao balanço energético negativo da vaca, se justifica em todo o período, mas principalmente nesta fase dos 90 dias, quando podem ocorrer quadros de cetose, de febre do leite ou de infecções uterinas graves, como a metrite. “Por isso, nesta etapa é importante a administração de soluções logo no pós-parto, capazes de fortalecer as funções metabólicas do animal e de ajudar no melhor aproveitamento energético do alimento consumido”, diz André. “No pós-parto, a vaca consome menos matéria seca, por isso a administração de aditivos nutricionais também integra a estratégia de manejo no puerpério”, diz.
Segundo André, as doenças que podem acometer a vaca leiteira neste período crítico estão totalmente interligadas. “São problemas decorrentes de falhas no balanço energético ou no sistema imune do animal e que podem aparecer sequencialmente, um como consequência do outro. Por isso os desafios e os cuidados também são indissociáveis. Estudos mostram, por exemplo, que a incidência da hipocalcemia puerperal aumenta em até 9 vezes as chances de a vaca apresentar cetose”, diz. A Elanco Saúde Animal possui em seu portfólio soluções específicas aos 90 Dias Vitais, como a bisnaga Bovigam™ Selante; que integra o protocolo de terapia de vaca seca da Elanco; o Calfon™ Oral, suplementação preventiva para a hipocalcemia; o Catosal™, que otimiza a função metabólica do animal e previne a cetose; e o Rumensin TM, aditivo nutricional que suporta o balanço energético da vaca ao longo de todos os 90 dias, antes e depois do parto.
Além das soluções, os profissionais da Elanco também prestam consultoria aos produtores de leite, na composição da melhor estratégia para os 90 dias e para o monitoramento das informações na propriedade. “Proporcionamos tanto soluções preventivas e terapêuticas quanto informação qualificada para assegurar a saúde dos animais, a sustentabilidade e a produtividade da fazenda. Melhorar o bem-estar dos animais de produção e a performance de todos os pecuaristas com os quais trabalhamos integra nossas metas globais, dentro do programa de Responsabilidade Social da Elanco”, explica André.