Soja recua em Chicago e mercado aguarda relatório do USDA que pode indicar aumento da produção e estoques nos EUA
Os preços da soja recuam em Chicago nesta terça-feira, devolvendo parte dos ganhos recentes. No momento, o contrato para setembro cai 11 pontos, cotado a US$ 9,80 por bushel. Esse movimento ocorre após a forte alta registrada na sessão anterior, quando o mercado reagiu à fala de Trump sobre possíveis acordos com a China, que podem aumentar as exportações americanas.
Com expectativas mais moderadas, os investidores ajustam suas carteiras enquanto aguardam a divulgação do relatório de oferta e demanda de agosto do USDA, prevista para esta tarde. O mercado espera aumento na produção norte-americana, impulsionado pelas boas condições das lavouras. Além disso, projetam alta nos estoques finais.
De acordo com o USDA, 68% das áreas de soja estão em boas ou excelentes condições, número estável em relação à semana passada. Ainda assim, 25% das lavouras permanecem em condição regular e 7% em situação ruim ou péssima. No mesmo período do ano passado, os índices foram semelhantes.
No desenvolvimento da safra, 91% das plantações atingiram a fase de floração e 71% já estão na formação de vagens. Esses dados mostram leve avanço frente ao mesmo período de 2024 e acompanham a média histórica.
No mercado físico, os prêmios da soja voltaram a se fortalecer depois da queda de ontem, quando os compradores ficaram ausentes. Atualmente, as indicações no spot variam entre R$ 190 e R$ 200 por saca, enquanto para setembro os valores oscilam entre R$ 195 e R$ 210.
No oeste do Paraná, as cotações vão de R$ 131 a R$ 134 por saca. Já em Paranaguá, os preços ficam entre R$ 140 e R$ 144, dependendo do prazo de pagamento e do período de embarque. A GranoesteCorretora destaca essas movimentações no mercado regional, acompanhando a evolução dos preços.