Não está fácil para os futuros da soja! Esta quarta-feira (07/08) foi mais um dia em que as cotações do grão encerram em queda na Bolsa de Chicago (CBOT).
Assim, o grão encerrou a sessão cotado a U$10,18/bu com queda de 0,78%, o que representa uma desvalorização de 8 cents por bushel.
A queda só não foi maior pois a ponta do óleo produziu uma boa alta, encerrando com valorização de 2,30%.
A alta do óleo está ligada ao movimento de recuperação do Petróleo, que sobe 2,96% e ajuda a sustentar a alta do setor de óleos.
Já a ponta do farelo segue refletindo ao fundamento do possível aumento de oferta da Argentina, caso as “retenciones” sejam diminuídas como vem sendo ventilado no mercado.
Com o mercado pressionado, o farelo encerrou em queda de 2,12%. Acredito que faça sentido nesse momento fazermos uma recapitulação dos principais fatores que impactam negativamente, a soja e o milho.
Primeiro, o mercado trabalha com otimismo com relação a produção americana para a safra que está no campo, tanto milho quanto a soja devem concretizar uma safra abundante, seu principal impacto é a elevação dos estoques.
E no próximo dia 12/08 teremos a publicação do relatório de oferta e demanda do USDA e com base no que foi dito acima, os participantes do mercado tentam se antecipar na bolsa, aumentando ou abrindo posições vendidas.
O mercado trabalha com a possibilidade de os dados virem mais negativos, como aumento na produtividade, aumento nos estoques e uma demanda mais fraca. Sendo assim as cotações correm na frente e caem frente aos boatos.
Vemos essa pressão sendo exercida também no contrato do milho, que hoje caiu 1,41%; E apesar de darmos enfoque aos dois grãos que mais tem impacto em território nacional, não podemos deixar de falar do trigo, o qual também segue a tendência de baixa dos demais e encerra com queda de 0,92%.
Na B3, o contrato de milho setembro não sofreu tanto e apresentaram uma leve queda de 0,35%. Se considerarmos a queda do milho na CBOT e a queda do dólar, essa variação pode ser considerada pequena, mostrando resiliência dos preços no mercado físico.
É um jogo de paciência, nenhum dos lados parece querer ceder e as negociações ficam travadas.
Sem novos motivadores, mercados ao redor do globo operam mistos, tentando se ajustar às recentes quedas.
No Brasil, o Ibovespa se encaminha para o fechamento com uma alta de 0,88%, impulsionado por bons resultados do setor financeiro.
Além disso, a retomada do petróleo favoreceu as ações da Petrobrás, favorecendo a alta da nossa bolsa!