Os contratos negociados com soja operam em forte alta nos futuros de Chicago nesta abertura de semana – mais 27 cents, a U$14,55/agosto. Na semana passada, dias de muita volatilidade, entre ganhos e perdas, o mercado cedeu cerca de 1%.
Os investidores voltam a recompor suas carteiras com base nas irregularidades climáticas que persistem na maioria dos estados centrais de cultivo. Estados como Illinois, Iowa e Minnesota, além de outros na região, apresentam visível perda de qualidade dos campos. Logo mais, no fim da tarde de hoje, o USDA irá atualizar o estágio e a qualidade das lavouras.
O mercado também busca posicionar-se para o relatório de oferta e demanda de julho, que será apresentado nesta quarta-feira. O mercado espera um acentuado corte na produção dos EUA em relação a junho, de algo entre 6,0 e 7,0MT, para 115,7MT. A produção está sendo prejudicada em duas frentes: a) redução da área de cultivo de mais de 1,5 milhões de hectares no comparativo com o ano passado e em relação às expectativas do mercado; b) corte na produtividade das lavouras em razão da perda provocada pela estiagem que aflige os estados centrais de cultivo.
A redução de colheita terá impacto direto nas projeções de estoques, que são esperados em queda. Especialmente para a temporada 2023/24, tanto para os EUA, quanto para o mundo.
Embora venham apresentando melhora gradativa, os prêmios nos portos brasileiros, que se mantêm negativos, acabam por limitar uma melhor formação dos preços internos – ao podar os avanços observados em Chicago. Os prêmios spot nos principais portos brasileiros, que chegaram a ser negociados a negativos 30/40 na virada de maio para junho, aprofundaram as perdas e são negociados na faixa de menos 150/100.