Os preços da soja voltam a operar em alta nos futuros de Chicago nesta manhã de quarta-feira – mais 15 cents, a U$ 14,75/janeiro. O mercado ganha força diante das perspectivas de abrandamento das restrições no combate à covid na China; além disto, os investidores começam a observar de perto as irregularidades climáticas que vêm ocorrendo em extensas áreas de cultivo na América do Sul.
Esta semana está sendo marcada por bons ganhos em Chicago, mais de 2% até agora, num movimento de recomposição de carteiras por parte de fundos. O mercado alimenta temores em relação ao comportamento climático no Sul do Brasil, Paraguai e Argentina, em razão da continuidade do fenômeno La Niña.
Os ganhos externos ajudam na formação dos preços domésticos; o câmbio, por outro lado, limita as indicações de compra. Os preços seguem postados nos níveis de paridade de exportação, apesar da temporada já estar avançando pela entressafra. Prêmios no spot são indicados na faixa de 205/225.
Indicações de compra na faixa entre R$ 181,00/183,00 no oeste do estado; entre R$ 186,00/188,00 em Paranaguá – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local de embarque.
MILHO ESTÁVEL
Os contratos negociados com milho, em Chicago, operam estáveis neste momento, manhã de quarta-feira, a U$ 6,65/dezembro. Ontem, o pregão encerrou em baixa, entre 1 e 3 cents. A BMF opera em R$ 88,40/janeiro (+0,10%) e R$ 91,95/março (+0,10%).
De acordo com o adido do USDA, o Brasil deverá produzir 126,0MT de milho na temporada 2022/23, ante 116,0MT colhidas em 2021/22. A área deverá ser maior, passando de 21,7MH para 22,5MH. O consumo interno é estimado em 77,0MT, ante 73,0MT da última temporada; já, as exportações são projetadas em 47,0MT, ante 44,0MT em 2021/22.
Segundo o DERAL, o plantio de milho verão no Paraná está praticamente finalizado. Apesar de área 7% menor no comparativo com a temporada anterior, a produção é projetada em 3,8MT, 30% acima das 2,9MT colhidas no ciclo passado. Em relação à condição, 83% das lavouras são consideradas boas; 15%, regulares e 2%, ruins. Nove por cento das áreas estão na fase de floração; 90% em crescimento vegetativo e 1% em germinação.
Preços domésticos seguem postados nos níveis de paridade de exportação e, portanto, sofrendo alguma pressão do câmbio. As perspectivas de aumento dos gastos públicos pelo próximo governo, bem como as indefinições sobre quem vai gerir a área econômica, acabam por determinar imprevisibilidade e volatilidade intensa da taxa cambial.
Indicações de compra na faixa entre R$ 83,50/84,50 no oeste do estado; em Paranaguá, entre R$ 90,00/92,00 – dependendo de prazos de pagamento e, no interior, também da localização do lote.
CÂMBIO
Dólar opera em leve alta neste momento, manhã de quarta-feira, a R$ 5,30. Na sessão anterior fechou em R$ 5,290. Tendência segue de muita volatilidade.
