A semana inicia com bom humor para as commodities na Bolsa de Chicago (CBOT) nestas segunda-feira (19/08).
Apoiados por uma desvalorização do dólar frente as principais moedas do globo e pela forte queda contra a nossa moeda, contratos futuros das diversas culturas, que aqui acompanhamos, tiveram um positivo e encerraram com bons ganhos.
Para o complexo da soja a alta do grão de 2% neste pregão também teve apoio das altas se seus derivados.
O farelo que ainda repercute preocupações com a diminuição de oferta vinda da Argentina, subiu 1,55%.
E o óleo também fez um movimento incrível, não por que subiu muito, pois do complexo, foi o que teve a menor valorização ao subir 1,06%. Mas sim porque seguiu o caminho contrário, ignorando a forte queda de -2,50% do petróleo, que volta a trabalhar abaixo de seu suporte que estava na casa dos U$77 por barril.
Outro ponto que mexe com a soja, é que o mercado está percebendo uma diminuição nos volumes negociados no Brasil.
Isso indica que o programa de exportação está terminando e que deve levar demanda para os portos Americanos.
Agregue a isso a derrocada do dólar, com um real mais forte o produtor se afasta cada vez mais das vendas, pois afinal, soja é dólar.
O milho seguiu a alta do complexo da soja e registrou alta de 2,02%, no que tange ao milho podemos elencar alguns fatores fundamentalistas que podem favorecer um movimento de recuperação dos preços.
Um deles é a oferta mais restrita no Leste Europeu, devido a uma perspectiva de quebra na produção e quanto a capacidade de escoamento ucraniana, que foi posta novamente nos holofotes devido aos últimos acontecimentos entre Urânia e Rússia.
Outro ponto é a oferta de milho argentina, os volumes ainda estão muito tímidos por conta da falta de interesse e receio do produtor efetuar vendas por lá.
O trigo foi o único a não repercutir um movimento de alta. A falta de novos fatores fundamentalistas a princípio foi mais forte do que o movimento de alta feito pelos seus pares, fazendo que com que os futuros encerrassem o dia estáveis.
Apesar da agenda econômica fraca, bolsas sobem ao redor do globo.
As bolsas chinesas operaram em alta, a bolsa de Hong Kong subiu 0,80%, enquanto do lado da queda o destaque ficou com a bolsa japonesa, o NIKKEI 225 caiu 2,01%.
Bolsas europeias encerraram todas em alta, o EURO STOXX 50 se valorizou 0,65%.
Nos EUA, o S&P 500 sobe 0,85% e a NASDAQ 1,28%.
No Brasil, o IBOVESPA subiu 1,49% e renova a máxima histórica! A princípio o que vem norteando os mercados é a probabilidade dos cortes de juros nos EUA a partir da reunião de setembro.
A implicação disto é uma política econômica mais solta e com mais crédito fluindo pela economia.