Os produtores de hortaliças e verduras de São Borja (RS) foram afetados pela estiagem. Há falta generalizada de verduras e hortaliças para atender ao mercado local, de acordo com a Emater/Ascar-RS.
Em Ijuí, o desenvolvimento das olerícolas segue abaixo do esperado devido, principalmente às elevadas temperaturas. Esse fator exige maior aporte de irrigação para mitigar os danos do calor.
Nos cultivos em ambientes protegidos, a necessidade de uso de nebulização para diminuir a temperatura tem provocado o aumento da incidência de doenças que se beneficiam do ambiente úmido e quente. Nos cultivos a campo, as plantas apresentam pouca incidência de doenças, mas observa-se uma alta infestação de tripes, diabrótica e pulgões.
Na região do Vale do Caí, a estiagem provocou perdas perceptíveis nas culturas de grãos não irrigados. Historicamente, em janeiro, há uma redução drástica das áreas de cultivo de hortaliças em Bom Princípio, pois o calor, nessa época, é intenso, e as plantas ficam com a produtividade abaixo do esperado e mais susceptíveis a ataques de pragas e doenças. De acordo com a Emater-RS, há relatos de produtores que perderam lavouras de pimentão, alface e repolho e culturas como abóbora cabotiá e beringela que sofreram com abortamento de flores, ocasionando baixa produção.
Em Pelotas, as hortaliças que não requerem irrigação estão fortemente prejudicadas. Já as hortaliças folhosas, mesmo com o uso de irrigação, devido às altas temperaturas e à intensa evapotranspiração, foram prejudicadas em relação à sua qualidade, comprometendo até mesmo o seu aspecto visual. Em Santa Rosa, a situação das hortas domésticas e comerciais está novamente crítica devido ao Clima seco, ao sol forte e às altas temperaturas. Os produtores relatam murchamento e queimaduras nas folhas de diversas espécies de hortaliças.
Essa condição climática exige irrigação contínua e a utilização de sombrite para reduzir os raios ultravioletas da radiação solar na tentativa de proporcionar condições mínimas de desenvolvimento das hortaliças. Nas estufas, a temperatura está bastante alta, o que reduz o desenvolvimento das plantas devido ao aumento excessivo da temperatura do substrato e da solução hidropônica e de fertirrigação. Observa-se uma intensificação do ataque de pulgão nas hortaliças, assim como o aumento da incidência de ácaro nas culturas devido à predominância do clima seco.
A falta de chuva também aumenta os prejuízos dos produtores localizados na região de Soledade. As culturas não irrigadas de abóbora, moranga, milho verde e melancia, apresentam perdas expressivas de produção e qualidade. Já, boa parte das áreas irrigadas não dispõe de água suficiente para a demanda hídrica das culturas, pois os reservatórios estão com baixos volumes.
No último dia do mês de janeiro (31/01), uma frente fria afastada no oceano, ajuda reforçar o fluxo de umidade no Rio Grande do Sul. Dia de sol e pancadas de chuva forte entre tarde e noite na região central, litoral norte, áreas de serra e em Porto Alegre. Mesmo com o aumento das nuvens carregadas, bastante calor e ar abafado. Não chove em Uruguaiana e no extremo sul gaúcho as pancadas são mais isoladas.
Fevereiro (01/02) começa com mais sol no Rio Grande do Sul. O volume de chuva diminui em relação aos últimos dias e as pancadas são mais isoladas e de curta duração em Porto Alegre, extremo norte e na Região Serrana. O calorão volta a ganhar força, principalmente no interior e já não há previsão de chuva nas demais áreas do estado, inclusive em Santa Rosa, Bagé e Santa Maria.
Nesta terça-feira, (31/01), às 19h no Youtube da Climatempo, o Conexão Agroclima irá abordar ao vivo o tema chuva x estiagem: onde o Clima fará diferença na colheita. Fique ligado em nossas redes sociais para obter o link e assistir a Live com as informações para o mês de fevereiro.