Soja 04-06-2025 | 15:21:00

Safra de soja 2024/2025 em MS fecha com produtividade média de 51,78 sacas por hectare

Municípios como Costa Rica e Chapadão do Sul se destacaram com índices bem acima da média estadual

Por: Redação RuralNews

O desempenho variou significativamente entre as regiões do estado. A região norte teve a maior média, com 72,01 sc/ha (15,8% da área monitorada), seguida pela região central com 52,63 sc/ha (22,6%) e a região sul com 46,29 sc/ha (61,6%).
VEJA TAMBÉM:

Alguns municípios se destacaram pelo alto desempenho. Entre eles estão Costa Rica (78,36 sc/ha), Chapadão do Sul (77,03 sc/ha), São Gabriel do Oeste (74,78 sc/ha), Maracaju (72,06 sc/ha) e Paraíso das Águas (70,72 sc/ha), todos com áreas superiores a 89 mil hectares. Essas localidades, majoritariamente no norte e nordeste do estado, aliaram produtividade elevada a grandes áreas cultivadas, influenciando positivamente a média estadual.
Municípios com cultivo irrigado apresentaram produtividade acima da média estadual.


Por outro lado, municípios com áreas extensas, mas produtividade abaixo da média, contribuíram para a queda do índice geral. Dourados (39,9 sc/ha), Sidrolândia (49,1 sc/ha), Ponta Porã (49,7 sc/ha) e Rio Brilhante (50,9 sc/ha) estão entre os que mais puxaram a média para baixo.

Segundo Gabriel Balta, coordenador técnico da Aprosoja/MS, a irrigação tem sido um fator decisivo em algumas regiões. Municípios como Ribas do Rio Pardo, Três Lagoas, Selvíria, Água Clara e Paranaíba, onde predomina o cultivo irrigado, apresentaram produtividades acima da média, mostrando o potencial da tecnologia para elevar os índices produtivos.

O levantamento do SIGA-MS, realizado entre 2 de janeiro e 16 de maio de 2025, envolveu 1.616 propriedades e uma amostragem de 1,8 milhão de hectares, com 29.074 quilômetros percorridos e 31.348 pontos de GPS coletados. A metodologia inclui visitas de campo, entrevistas com produtores e uso de imagens de satélite, o que permite uma avaliação precisa da área plantada e da produtividade.

Além da análise amostral, os dados informados pelos próprios produtores também foram considerados. Após a ponderação por área plantada, as médias dos municípios compuseram a produtividade total do estado.

Durante a safra, o clima teve influência direta no desempenho das lavouras. Setembro, outubro e novembro registraram chuvas abaixo da média histórica em grande parte do estado. Em dezembro, as precipitações aumentaram, mas janeiro e fevereiro foram marcados por estiagens, prejudicando o enchimento dos grãos em algumas regiões. Já em março e abril, o excesso de chuvas dificultou a colheita, que se estendeu até o início de maio.

A produtividade média estadual ficou dentro da expectativa inicial, que já projetava 51,7 sc/ha. A produção final superou ligeiramente a previsão, fechando em 14,060 milhões de toneladas.

Gabriel Balta destaca que a identificação dos municípios com desempenho acima e abaixo da média é fundamental para orientar políticas públicas e ações técnicas. “O mapeamento da Aprosoja/MS permite direcionar investimentos e intervenções, promovendo o fortalecimento das regiões mais eficientes e o suporte às que operam abaixo do seu potencial”, afirma.

TAGS:
Aprosoja/MS - Safra - Mato Grosso do Sul - Plantio do milho - Soja -


Texto publicado originalmente em Notícias
Leia também: