Os contratos negociados com milho na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a semana em queda de 1 ponto na posição julho e entre 5 e 6 cents nas posições mais alongadas. Ontem não houve pregão devido ao feriado de Memorial Day nos EUA.
Na sexta-feira, os ganhos chegaram a 13 cents. Semana passada, houve alta expressiva, de 9%. Na BMF, julho opera em R$ 57,20 (-2,1%) e setembro em R$ 60,30 (-2,4%).
De acordo com o analista de mercado, Camilo Motter, da Corretora Granoeste de Cascavel/PR , o mercado de milho opera no campo negativo devido à queda de mais de 1% no petróleo. Além disso a venda de posições por parte de investidores após os belos ganhos apurados na semana anterior também afeta o mercado.
No Meio Oeste, um sistema de alta pressão perdura nesta semana, deixando o ar mais quente e seco. Contudo, há previsão da chegada de chuvas, iniciando neste final de semana e se estendendo até a semana que vem por boa parte do país.
Em novo levantamento sobre o quadro de oferta e demanda brasileiro, a agência Safras & Mercado prevê a produção de milho em 136,9MT. Ante 120,2MT do ano passado. As exportações são projetadas em 47,2MT, contra 46,5MT do ciclo anterior. O consumo interno é avaliado em 82,3MT, quase 1% a mais do que as 76,5MT consumidas na temporada 2022. Já, os estoques finais são projetados em 12,9MT, superando as 4,4MT do ano passado.
Ainda, segundo a agência Safras, a colheita de milho verão chega a 96,2% em nível de Brasil, ante 94,8% de mesmo ponto do ano anterior e média de 98,5%.
Em um ano como este, em que se avizinha uma safra cheia, os preços de paridade internacional (CBOT, câmbio e prêmios) devem prevalecer nas negociações internas, uma vez que o Brasil precisará exportar cerca de 50,0MT.