Mercado da soja seguiu sob pressão nos futuros de Chicago na manhã desta quarta-feira, dia 20, abrindo comenbsp; menos 17 cents, a U$ 14,60/agosto. Queda nos preços do petróleo, aversão a aplicações de risco e, sobretudo, melhores chuvas em diversas regiões de cultivo dos EUA pesam na formação do preço. Ontem houve perdas ao redor de 20 pontos.
– O mercado também está preocupado com o ritmo lento da demanda. Depois da quebra de safra na América do Sul, era aguardado um acirramento das compras por parte de países importadores. As compras de soja por parte da China vêm caindo gradativamente. Eram projetadas em cerca de 100,0MT no início da temporada e agora estão previstas em 90,0MT. As vendas externas dos EUA estão atrasadas em cerca de 7,0MT no comparativo com a mesma época do ano passado. Os embarques também estão mais lentos. No Brasil também se observa certa lentidão da demanda, sobretudo porque, mesmo com a queda dos preços internacionais, os prêmios não reagem.
– Em junho a China comprou do Brasil 7,2MT de soja do Brasil, ante 10,5MT do mesmo mês do ano passado. O total importado no mês passado, incluindo todas as origens, ficou em 8,3MT, queda de 23% no comparativo com junho de 2021. Nos primeiros seis meses deste ano o volume importado do Brasil chega a 27,7MT, contra 26,1MT do mesmo intervalo do ano anterior. Dos EUA foram 17,5MT, contra 21,6MT. Os dados são do sistema alfandegário do país e foram reportados pela agência Reuters.
– O mercado doméstico segue sob pressão diante das perdas na bolsa norte-americana. A tendência segue de monotonia geral, com negócios apenas pontuais, ao mesmo tempo em que os produtores observam de perto o desemprenho da safra dos EUA. Dificuldades com o clima podem promover rallies de preços até fins de agosto/início de setembro.
– Prêmios no spot são cotados na faixa de 130 /145. Indicações de compra entre R$ 180,00/181,00 no oeste do estado; entre R$ 189,00/191,00 em Paranaguá – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local de embarque.