O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, deputado Lissauer Vieira (PSD), encerrou a sessão ordinária presencial desta terça-feira, 22, após uma invasão dos agropecuaristas, que acompanhavam as atividades das galerias e dos corredores, ao plenário Iris Rezende. Uma nova plenária, também presencial, está prevista para esta quarta-feira, 23, em horário regimental, às 15 horas.
Os produtores rurais de diferentes municípios têm manifestado contra a taxação do agronegócio, através das redes sociais. As entidades classistas, lideradas pela Faeg, OCB, Aprosoja, entre outras, já se manifestaram publicamente em Nota Oficial. Estiveram num encontro com o governador do Estado que se manteve firme no seu propósito de criar o Fundeinfra. Havia, inclusive, uma sugestão de um “tratoraço” em frente à Assembleia Legislativa.
SEBBA CONTRA TAXA
Segundo a ocupar a tribuna no Pequeno Expediente da sessão ordinária desta terça-feira, 22, o deputado Gustavo Sebba (PSDB) fez um apelo aos colegas da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) para que os mesmos votem de maneira contrária aos projetos da Governadoria que instituem contribuição tributária ao setor do agronegócio e cria um fundo para destinar a aplicação da taxação a ser criada.
Na última sessão, realizada em caráter extraordinário na noite da última quinta-feira, 17, os projetos de lei nº 10803/22 e nº 10804/22, protagonistas dos debates na Alego nos últimos dias, terminaram aprovados pelo Plenário, em primeira fase de votação. As duas matérias do Governo convergem para colocar em prática a criação de fundo de infraestrutura com contribuição de até 1,65% paga pelo setor do agronegócio, o Fundeinfra.
Integrante da oposição, Gustavo Sebba disse que a administração estadual, segundo ele, arrecadou como nunca, e que os parlamentares da base de apoio não deveriam aprovar as matérias governamentais e, argumentou, que a contribuição irá impactar a todos os segmentos da sociedade. “Essa conta não vai ser paga só pelo agro. Vai ser paga por toda a população goiana”, discursou o deputado.
O parlamentar lamentou que o poder executivo não tenha cedido aos apelos das entidades representantes do agronegócio para retirada de pauta das matérias ou ao menos a redução da alíquota de até 1,65% a depender da cadeia produtiva. Sebba voltou a criticar os deputados aliados para serem contrários aos projetos. “Isso é um desrespeito. Vocês estão sendo usados. Quem vai perder é o povo goiano. Ponham a mão na consciência. Vocês vão ser cobrados em cidades do interior do estado”, concluiu.
Por: Wandel Sexias/GO