O primeiro levantamento da T&F Agroeconômica do potencial produtivo de trigo da safra 2020/21 do Mercosul mostra a possibilidade de crescimento de 4,0 milhões de toneladas na disponibilidade do Bloco.
Para o analista Luis Carlos Pacheco, em que pese os problemas político-econômicos da Argentina, o trigo ainda é, naquele país, uma grande alternativa de produção e os agricultores, golpeados com o aumento dos seus custos, ficam sem opção a não ser tentar aumentar a área para manter os seus ganhos. “Embora haja notícias de que poderão usar menos tecnologia para rebater o aumento de impostos determinado pelo governo”, alerta. Com isto, a T&F Agroeconômica decidiu adotar um número médio das projeções do potencial produtivo do país em 20,5 milhões de toneladas, com um aumento de 1,7 MT sobre a safra anterior, ou 9,04%.
Para o Brasil, o número do potencial produtivo é de 7,2 milhões de toneladas, porque, até o momento, os prognósticos são de clima favorável e aumento de área devido ao fatgo de no ano passado, o Paraná ter tido clima adverso e recuo na sua produção. “Com isto, o aumento do potencial produtivo deverá ser ao redor de 1,6 milhões de toneladas ou 28,57%”, afirma o analista.
Outro pais que deve ter aumento significativo de produção é o Paraguai, que deverá ter um acréscimo significativo de 60% no seu potencial produtivo. O país vizinho deve passar de 1,0 para 1,6 milhões de toneladas devido ao aumento de área e ao clima extremamente favorável sobre as lavouras do país. O detalhe é que a colheita poderá ser iniciada já no final de julho, quase um mês antes da colheita do Paraná, no Brasil.
O Uruguai também deverá aumentar a sua disponibilidade de trigo para a próxima safra, segundo estimativa de Monitor Agrícola, de Montevideo. O país também aumentou o seu potencial produtivo de 600 mil para 700 mil toneladas (ou até 800 mil tons, segundo alguns analistas locais).