Os preços da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) chegam ao intervalo na manhã de segunda-feira, 03/04, com alta de 11 cents, a U$ 15,17/maio.
A semana anterior foi extremamente positiva, com ganhos de 5,5%. Além disso, as projeções de plantio e de estoques dos EUA foram muito positivos. Os preços do petróleo vêm ganhando força com a decisão de alguns países da OPEP de reduzir voluntariamente a extração e oferta do produto.
De acordo com o analista de mercado Camilo Motter, da Corretora Granoeste de Cascavel/PR, os EUA devem semear menos área do que o mercado esperava. É o que mostra o relatório de Primeira Intenção de Plantio do USDA, divulgado na última sexta-feira.
O mercado esperava aumento de pelo menos 1%, para 35,7MH. O USDA prevê uma área de 35,41MH, similar àquela semeada na campanha anterior.
Enquanto se discute o tamanho da área ser ocupada com soja, a demanda se mostra mais vigorosa do que aparentava. O relatório trimestral de estoques indica que, em primeiro de março, havia, em solo norte-americano, 45,9MT, uma redução de 13% sobre as 52,6MT de primeiro de março do ano passado. O mercado esperava algo como 47,7MT.
Portanto, estes dois importantes informes, somados aos ganhos no petróleo, recolocam o preço da soja no patamar dos U$ 15,00 por bushel em Chicago. Menor área semeada, combinado com menores estoques, aumentam a sensibilidade dos preços às variações do clima durante a evolução da próxima safra dos EUA, cujo plantio começa neste mês.
Com os fortes ganhos em Chicago, os prêmios voltam a perder força nos portos brasileiros. São indicação na faixa entre -80 / -50. Câmbio também segue em queda. Entretanto, os sólidos ganhos na bolsa norte-americana superam as perdas nas demais variáveis e promovem ganhos nas indicações domésticas.