Preços do milho enfrentam pressão após relatório do USDA e safra brasileira segue em bom padrão de qualidade
Os preços do milho enfrentaram forte pressão nos futuros de Chicago nesta terça-feira, com a divulgação do relatório de oferta e demanda de agosto pelo USDA. De acordo com a Granoeste Corretora, na manhã de quarta-feira, a posição setembro operava a US$ 3,73. O contrato se recuperava ligeiramente das perdas de 12 a 13 pontos da sessão anterior, que representaram queda de 3,5% em apenas um dia.//
Já na B3, a posição setembro trabalhava a R$ 64,70 (fechamento anterior R$ 64,75) e novembro a R$ 66,80 (anterior R$ 66,86).
O relatório trouxe números negativos para o mercado, apontando aumento da área semeada, da produtividade e dos estoques finais nos Estados Unidos e no mundo. Enquanto a soja sofreu redução de área, o milho teve elevação de 0,85 milhão de hectares, totalizando 39,38 milhões de hectares. A produtividade também subiu 4,3% em um mês, chegando a 197,5 sacas por hectare.
A produção norte-americana para 2025/26 está projetada em 425,3 milhões de toneladas, novo recorde histórico. O volume é 6,6% acima do mês anterior e quase 13% maior que a colheita do ano passado.//
Os estoques finais subiram para 53,8 milhões de toneladas, contra 42,2 milhões em julho e 33,2 milhões no ciclo anterior. De acordo com o relatório, o USDA prevê aumento do consumo interno e das exportações, para 332,3 milhões e 73 milhões de toneladas, respectivamente.
Para a safra brasileira 2025/26, a produção deve chegar a 131 milhões de toneladas, e a do ciclo 2024/25 foi de 132 milhões, com exportações estimadas em 43 milhões de toneladas em ambos os anos. Nos campos do Meio Oeste, as lavouras seguem em alto padrão, com 72% das áreas em boas ou excelentes condições, ante 67% de um ano atrás. Atualmente, 94% das lavouras estão na fase de pendoamento e 58% em formação de espigas e grãos.
No oeste do Paraná, as indicações de compra variam entre R$ 55,00 e R$ 58,00, e em Paranaguá, entre R$ 63,00 e R$ 66,00, dependendo do prazo de pagamento e da localização do lote.
O câmbio opera estável, a R$ 5,38, após queda para R$ 5,387 na sessão anterior.