Os preços da soja operam em alta, buscando recuperar-se das recentes perdas – mais 12 cents, a U$ 13,86/setembro. Ontem, depois de trabalhar com bons ganhos nas primeiras horas, o mercado acabou cedendo e fechando com perdas entre 10 e 20 cents nos principais vencimentos.
As condições climáticas no Meio Oeste seguem como principal vetor para os preços. Depois de dois meses de alta em razão de irregularidades no regime de chuvas (junho e julho registraram ganhos de cerca de 25%), o potencial para novos ganhos foi reduzido pelo retorno de clima mais adequado. As lavouras estão na fase crítica de floração, formação de vagens e início da formação dos grãos. O mau humor dos mercados financeiros globais, notadamente com a redução da nota de crédito dos EUA, também joga para aumentar a pressão sobre as commodities.
O USDA informou há pouco, que as vendas externas da última semana somaram 2,72MT, mas somente 0,1MT é para embarque nesta temporada – que termina neste fim de mês. Os embarques acumulados chegam a 50,5MT, ante 53,9MT do mesmo período da estação anterior.
Depois de várias semanas em alta, no mercado interno as indicações de compra ficaram mais acomodadas nos últimos dias. Porém, câmbio registra alta forte e prêmios também vêm reagindo, compensando boa parte das perdas verificadas em Chicago. De qualquer maneira, os negócios voltaram a maior lentidão, com produtores mais recuados. Prêmios são negociados nos portos brasileiros, no mercado spot, na faixa 60 e 120 cents positivos.
As Indicações de compra são apontadas entre R$ 138,00/140,00 no oeste do estado e na faixa de R$ 150,00/152,00 em Paranaguá – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do prazo de embarque.