Plantio da soja começa no RS com alta na produção esperada

A safra de verão 2025/26 foi oficialmente aberta no Rio Grande do Sul nesta sexta-feira (3), durante a 15ª Abertura Oficial do Plantio da Soja, realizada em Júlio de Castilhos, na região Central. O evento marcou o início das atividades no campo e trouxe projeções otimistas para a nova temporada.

Estimativas da safra 2025/26

De acordo com dados da Emater/RS-Ascar, a produção de soja no Estado deve alcançar 21,4 milhões de toneladas, um aumento de 57,14% em relação à safra passada, que totalizou 13,6 milhões de toneladas. A área plantada, no entanto, deve registrar leve redução de 0,8%, somando 6,74 milhões de hectares.

Segundo os técnicos, a produtividade dependerá fortemente das condições climáticas ao longo do ciclo. Ainda assim, a expectativa é de recuperação consistente após os impactos das estiagens que afetaram as últimas safras.

O desempenho esperado reforça o papel do Rio Grande do Sul como um dos principais produtores nacionais de soja. Caso o clima se mantenha favorável, o Estado pode retomar posição de destaque no cenário nacional, impulsionado pela dedicação dos agricultores e pelo avanço das práticas de manejo sustentável.

Plantio da soja no RS inicia com previsão de forte recuperação na safra 2025/26. Foto: Gustavo Mansur/ Ascom Casa Civil

Produção e exportações

A Radiografia da Agropecuária Gaúcha 2025 (RAG), publicação da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), aponta os municípios com maior destaque na cultura. No cultivo irrigado, lideram São Borja, Cruz Alta, São Luiz Gonzaga, Santa Bárbara do Sul e Boa Vista do Cadeado. Já no cultivo de sequeiro, os principais produtores são Palmeira das Missões, Dom Pedrito, Vacaria, Cachoeira do Sul e São Gabriel.

Em 2024, o Rio Grande do Sul exportou produtos do complexo soja para 50 países, gerando US$ 6,33 bilhões. O Estado foi o terceiro maior exportador do país, conforme dados da RAG. A China segue como principal destino, absorvendo 56% das exportações gaúchas. Em seguida aparecem Irã (7,2%), Coreia do Sul e Índia (3,7% cada) e Iraque (3,1%).

Esses números reforçam a importância econômica e estratégica da soja para o agronegócio gaúcho e para a balança comercial brasileira.