Os preços da soja operam em forte alta em Chicago neste momento, manhã de segunda-feira – mais 20 cents, a U$ 14,49/setembro. Na semana passada houve ganhos superiores a 2%. O mercado segue sustentado pelas irregularidades climáticas nos EUA e pelos ataques da Rússia aos portos da Ucrânia no Mar Negro e no Rio Danúbio.
A situação bélica no Leste Europeu vem se deteriorando após a saída da Rússia do acordo para escoamento da produção de alimentos da Ucrânia. Os portos da rota alternativa – pelo Rio Danúbio – também foram atacados pela Rússia, dificultando ainda mais a participação da Ucrânia no abastecimento global de alimentos.
Nos EUA as condições climáticas seguem preocupantes, embora haja previsões para chuvas em vários estados centrais. A onda de calor chegou para valer e muitas regiões, especialmente no Centro-Sul, apontam temperaturas acima de 40 graus. As avaliações indicam que haverá corte da produtividade no próximo relatório de oferta, coisa que o USDA não fez no levantamento de julho.
Logo mais, no fim da tarde, o USDA irá divulgar uma nova avaliação da qualidade das lavouras norte-americanas, bem como seu estágio de desenvolvimento. Na semana passada, 55% das áreas eram tidas como boas/excelentes, alta de 4 pontos em relação à semana anterior, e 56% estavam em floração.
Os preços internos seguem impulsionados pelos ganhos apurados em Chicago – atingindo o melhor patamar em diversos meses. De qualquer maneira, boa parte dos ganhos apurados na bolsa norte-americana continuam sendo limitados pelos prêmios e pelo câmbio. Prêmios no spot nos principais portos brasileiros, são indicados na faixa de menos 115/60.