Os preços da soja operam em forte alta nos futuros de Chicago, CBOT, nessa manhã de quarta-feira, 21/06, com ganhos de 20 cents, a U$ 14,97/julho. Ontem, houve ganhos de 11 cents.
De acordo com o analista de mercado, Camilo Motter, da Corretora Granoeste de Cascavel/PR o mercado vem recebendo suporte diante da deterioração das lavouras norte-americanas. Desde o final de maio, com os primeiros sinais de irregularidades climáticas no coração do Meio Oeste, os preços subiram cerca de U$ 2,00 por bushel. A posição presente segue mirando o retorno ao patamar de U$ 15,00.
No fim da tarde de ontem, o USDA informou que 54% das lavouras se encontram em boas/excelentes condições, queda de 5 pontos percentuais na semana. Na mesma época do ano passado o índice era de 68%. As áreas tidas como regulares somam 34%, ante 32% de uma semana atrás e 26% de um ano atrás. Já, as lavouras consideradas ruins/péssimas perfazem 12%, ante 9% da semana anterior e 6% da mesma data de 2022.
Além disso, os três principais estados produtores de soja veem suas lavouras perderem qualidade rapidamente. Illinois perdeu 14 pontos na semana – as áreas consideradas boas/excelentes caíram de 47% para 33%. Iowa caiu de 66% para 56%, perda de 10 pontos na semana e Minnesota, de 75% para 67%, queda de 8 pontos.
As lavouras estão na fase inicial. O plantio está concluído e 92% das áreas já estão germinadas, ante 81% do mesmo ponto do ano passado. As lavouras mais adiantadas começam a entrar na fase de floração, período decisivo para determinação da produtividade.
Conforme comentamos diversas vezes neste espaço, depois da definição da safra sul-americana, o comportamento climático nos campos do Meio Oeste se tornaria o fator preponderante na formação do preço. Ou seja, com uma demanda relativamente acomodada e definida, a contraparte ‘oferta’ seria o ponto a ser observado como fator determinante para o futuro dos preços.
Mercado interno volta a ficar mais ativo, com suporte vindo de Chicago, que subiu cerca de U$ 2,00 por bushel desde o final de maio. Porém, prêmios e câmbio jogam na contramão e limitam os ganhos. Produtores seguem atentos em relação à evolução da safra norte-americana, onde as lavouras dos principais estados seguem castigadas por estiagem.
Valores do algodão em pluma oscilam mas quedas prevalecem
De maneira geral, persistem os entraves logísticos, com atraso e lentidão nos embarques portuários. Por esta razão, os prazos de carregamento no interior, bem como os prazos de pagamentos continuam bastantes dilatados, muito maiores do que em anos anteriores. Prêmios no spot são indicados sob pressão, na faixa entre – 140/--120.
Indicações de compra entre R$ 132,00/134,00 no oeste do estado e na faixa de R$ 142,00/145,00 em Paranaguá – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do prazo de embarque.
Ritmo de negócios está lento para o café arábica mas intenso para o robusta
