Os preços da soja operam com leves perdas nos futuros de Chicago (CBOT) nessa manhã de quarta-feira, 24/05, a U$ 13,23/ julho. Ontem, foram registradas perdas entre 12 e 18 pontos nos principais vencimentos.
De acordo com o analista de mercado Camilo Motter, da Corretora Granoeste de Cascavel/PR além dos fatores fundamentais, como boa oferta e ótimo início da campanha agrícola norte-americana, o mercado se vê diante de dúvidas sobre o andamento da economia global. Tendo destaque para a aversão ao risco e fuga das aplicações em commodities. O mercado também monitora as negociações para ampliação do teto de gastos nos EUA. Uma prova de fogo para o governo Biden, que pode se ver numa situação de insolvência.
Por outro lado, a recente queda dos preços tem ativado a demanda internacional pela soja brasileira. A melhor movimentação nos portos vem contribuindo para elevação dos prêmios.
Enquanto isto, nos campos do Meio Oeste, o plantio da nova safra chega a 66%, ante 47% do mesmo ponto do ano passado e média de 52%, de acordo com informações do USDA. A preocupação passa a ser com possíveis bolsões de estiagem. Um bom início de estação, como está sendo neste ano, é importante para uma boa colheita. Além disso, o comportamento do clima, especialmente em julho e agosto, é o fator decisivo para determinação da produtividade.
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A ANEC indica que, neste mês de maio, as exportações brasileiras de soja podem se aproximar de 16,0MT. No acumulado da estação, o volume chega a 42,3MT, ante 37,4MT do mesmo período do ciclo passado.
Mercado Interno
Internamente, apesar da melhora dos prêmios, os preços seguem sob pressão por conta das perdas na CBOT e no câmbio. Os produtores passam a adotar uma postura mais restritiva em relação à oferta. Prêmios no spot são indicados na faixa entre --55/-45.