De acordo com informações da Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná), o monitoramento das ocorrências da cigarrinha-do-milho estão acontecendo de forma constante no estado. Essas doenças prejudicam o desenvolvimento das espigas e causam redução da produtividade da cultura no campo.
Para que as cigarrinhas do milho transmitam essas doenças, é necessário estarem infectadas por patógenos denominados molicutes (Espiroplasma ou Fitoplasma) ou por viroses que acometem a cultura do milho.
As estratégias de manejo utilizadas são o uso de cultivares com maior tolerância genética, ciência e pesquisa e orientação aos produtores. O controle e acompanhamento da dinâmica do inseto tem se mostrado um recurso mais efetivo para reduzir o problema.
“Porém, mesmo os materiais tolerantes, quando expostos às altas pressões populacionais de cigarrinhas-do-milho contaminadas, apresentam sintomas de enfezamento”, explica o gerente de Sanidade Vegetal da Adapar, Renato Young Blood.
Em setembro de 2022, a Adapar instalou armadilhas em propriedades rurais em várias regiões do estado para quantificar a presença das cigarrinhas. Desde então, as substituições desses instrumentos são feitas semanalmente, assim como o envio das amostras para análise do Centro de Diagnósticos Marcos Enrieti, laboratório da Adapar. São 40 pontos de monitoramento com alta e baixa presença de infestação, resultando, até agora, em 374 análises e 5.390 cigarrinhas-do-milho coletadas.
Os produtores devem estar atentos as condições climáticas, no monitoramento permanente e no manejo das lavouras. A população tende a aumentar até a colheita.
“A tendência é que o plantio da segunda safra já se inicie com uma grande presença desses insetos, o que reforça a importância do manejo adequado e permanente monitoramento das lavouras”, diz o coordenador do programa de Prevenção e Controle de Pragas em Cultivos Agrícolas e Florestais da Adapar, Marcílio Martins Araújo.
O Paraná é o segundo maior produtor de milho do país, atrás do Mato Grosso. Segundo o Departamento de Economia Rural, da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, a produção da primeira safra está estimada em três milhões e 730 mil toneladas em 384 mil hectares.
Na quinta-feira (19/01), a chuva perde força e o sol consegue aparecer mais, intercalando com os momentos de chuva no Paraná. Há condições para pancadas e trovoadas entre o leste e norte paranaense, mas sem grandes alertas. Entre sexta (20/01) e sábado (21/01), chove por todo o estado, com presença de pancadas pontualmente fortes e trovoadas.
No domingo (21), as tempestades chegam ao Espírito Santo, em Santa Catarina, litoral do Rio Grande do Sul e noroeste do Paraná.
Até o próximo dia 22 de janeiro, terça-feira, são esperados acumulados de 50 a 70 mm em média, no MATOPIBA, centro-sul de Minas Gerais, bem como em Belo Horizonte, centro-leste do Pará e no nordeste e sudoeste do Amazonas, incluindo Manaus.