O economista Luiz Carlos Pacheco, analista-chefe da T&F Consultoria Agroeconômica, de Curitiba/PR, elenca diariamente para o Portal Rural News os principais fatores que estão influenciando os valores de abertura e fechamento da trigo no mercado.
Segundo Pacheco, as cotações do trigo fecharam com altas e baixas no mercado americano e com altas no mercado europeu. Entre os fatores que influenciaram a onda polar que afetou, entre outras áreas dos Estados Unidos, as Grandes Planícies de Trigo nos últimos dias e que pode ter prejudicado as lavouras de inverno que não puderam ser cobertas por uma camada de neve capaz de protegê-las dos extremos temperaturas. "Enquanto se aguarda uma avaliação dos estragos, agora as previsões para a região prevêem uma subida gradual das temperaturas para níveis que poderão ficar acima dos registos normais para a época", afirma.
"Como agravante dessa situação, vale lembrar que o Kansas, principal estado produtor de trigo, mantém quase toda a sua superfície sob condições de estiagem. Limitando a tendência de alta nos EUA e mais especificamente em Chicago, estiveram as boas vendas que a União Europeia continua a amarrar, com a França na liderança, e os maiores embarques alcançados pela Rússia", complementa. Nesse sentido, a consultoria SovEcon elevou hoje sua estimativa para as exportações russas de trigo em dezembro de 3,9 para 4,1 milhões de toneladas, valor que também ficaria abaixo do recorde de 4,3 milhões de toneladas alcançado em dezembro de 2017.
Pacheco informa também que em seu relatório semanal de fiscalização dos embarques, o USDA levantou hoje embarques de trigo de 280.554 toneladas, abaixo das 304.108 toneladas do relatório anterior.
Fonte dos dados: T&F Consultoria Agroeconômica, especial para o Portal Rural News