As operações de empilhadeiras podem representar até
30% dos custos com energia em centros de distribuição, indústrias e
estabelecimentos que lidam com grande movimentação de cargas. Um percentual importante
considerando os aumentos constantes das tarifas de eletricidade. “Cada vez
mais, as empresas precisam, além de promover ações internas como treinamentos e
metas de economia, adaptar suas instalações para ganhar mais eficiência
energética”, afirma Mariana Kroker, gerente comercial da unidade de negócios Perfect
Charging da Fronius, especializada em tecnologia e soluções para carregadores
de bateria.
Segundo a executiva, experiências de mercado
mostram que, com algumas medidas, atualização de equipamentos e instalações, “é
possível reduzir consideravelmente o consumo e os gastos com energia elétrica nas
salas de baterias, além de otimizar o tempo de carga e aumentar a
disponibilidade das máquinas nas operações, mantendo os custos operacionais
constantes mesmo com aumento da rotatividade das mercadorias”.
Confira os
principais pontos apontados pela Mariana para aumentar a eficiência energética
na intralogística:
1- O
primeiro passo para traçar um plano de ação é fazer uma avaliação holística da
instalação considerando o formato dos turnos, o conjunto de baterias usado e a
infraestrutura local a fim de identificar os pontos que podem ser trabalhados
ou aproveitados para otimizar o consumo de energia e, com isso, reduzir o tempo
de carregamento das baterias das empilhadeiras e a tarifa com pouco esforço.
2- Crie uma
infraestrutura ideal: uma sala ou estação de carregamento de baterias de veículos
elétricos é aquela em que se pode fazer mais com menos e acompanha o
crescimento da demanda da empresa. Portanto, adapte ou monte uma instalação adequada
para as necessidades específicas da operação intralogística considerando o
número de baterias, o tempo que cada uma leva para carregar e o tamanho do
espaço físico.
3- Otimize o
espaço: reduzir espaço da sala de carregamento ajuda a trazer um ganho muito
grande no consumo de energia, já que necessita de menos pontos de iluminação.
Porém, é preciso que a instalação esteja equipada para atender a frota com
agilidade.
4- Potencialize
o carregamento das baterias: ‘tempo é dinheiro’ também no caso de abastecimento
dos carros elétricos. Por isso, carregadores que levam menos tempo para repor a
carga da bateria consomem menos energia e têm capacidade para atender mais
empilhadeiras ao longo do período. A economia gerada por carregadores modernos
varia conforme o modelo e a marca. No caso do Fronius Selectiva 4.0, o consumo
de energia é até 30% menor em comparação aos similares do mercado. “Isso
representa por ano uma redução de R$ 3,5 mil por carregador”, afirma a gerente
da divisão de carregadores da Fronius.
5- Opte por
tecnologia sustentável: além de baterias e carregadores que consomem menos
energia, veja a possibilidade de adotar um sistema de geração de energia limpa,
como o solar, na sala de carregamento. Já está disponível no Brasil solução que
permitem montar pitstops e salas de carregamento com sistema híbrido, que
combina solução fotovoltaica com energia convencional. Com esse sistema, é
possível gerar e armazenar em baterias a eletricidade produzida a partir da luz
solar, reduzindo em até 90% a tarifa, além de contribuir para redução de
emissão de gás carbônico na atmosfera. “Em caso de operação com 10
carregadores, a redução será de R$ 35 mil e, em caso de 25, serão R$ 87,5 mil”,
observa Mariana.