Afirmando que "o agronegócio lucra com a fome e a violência. Por terra e democracia, mulheres em resistência", o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) retomou a onda de invasões praticadas em outros governos do PT. As lideranças afirmam que pretendem negociar com os governos federal e estaduais a retomada da reforma agrária, além de lutar por um projeto para a agricultura familiar camponesa. "Vamos retomar a luta pela terra com as ocupações de terras, marchas, formação com as mulheres, ações de solidariedade, com doações de alimentos e doações de sangue", afirmou Margarida Silva, da coordenação nacional do MST.
As ações encontram respaldos em declarações do Governo Federal. Recentemente, Carlos Fávaro, defendeu publicamente o Movimento Sem Terra (MST) e afirmou que o movimento é legítimo, que sonha com a terra e por isso é vítima de preconceito no país.
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Durante o feriado de Carnaval, um grupo de integrantes do movimento dos trabalhadores sem-terra invadiram fazendas nos municípios de Marabá Paulista, Presidente Prudente, Sandovalina e Rosana durante. Também foram invadidas propriedaes nos Estados do Paraná e Mato Grosso do Sul.
Na segunda-feira, dia 27/02, cerca de 1,7 mil integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiram três fazendas de cultivo de eucalipto da empresa Suzano Papel e Celulose, nos municípios de Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas, no sul da Bahia. Uma quarta área, a Fazenda Limoeiro, de outro proprietário, foi ocupada no município de Jacobina.
A empresa e o proprietário entraram com ações de reintegração de posse e a Justiça da Bahia determinou, nesta quarta-feira (1º), que seja feita a reintegração de posse da fazenda localizada na cidade de Mucuri. O juiz Renan Souza Moreira ainda prevê uma multa de R$ 5.000 por dia aos membros do MST caso eles ocupem outras áreas vizinhas da fazenda.
Na próxima semana acontecerá uma reunião entre o governo federal e os governadores da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), e do Espirito Santo, Renato Casagrande (PSB), estados em que há áreas ocupadas desde o governo Dilma Rousseff (PT).
As invasões contrariam o discurso do hoje presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante a campanha eleitoral, ele disse que o MST não ocupava propriedades produtivas, como são as áreas da Suzano.
Veja quais propriedades foram invadidas até agora durante o Governo do PT:
Bahia
Mato Grosso do Sul:
Paraná:
São Paulo: