Os contratos negociados com soja nos futuros de Chicago (CBOT) operam com novas perdas neste momento, manhã de quarta-feira – menos 3 cents, a U$ 14,10/julho. Em termos fundamentais, segue pesando a grande oferta brasileira e a rápida evolução do plantio norte-americano, bem como as projeções de clima adequado sobre os campos do Meio Oeste. Em termos técnicos, pesam a queda do petróleo e a firmeza do dólar frente a outras moedas.
Até o último fim de semana, o plantio da safra dos EUA alcançava 35%, ante 11% do mesmo ponto do ano passado e 21% de média histórica. Na semana houve avanço de 16 pontos.
De acordo com o analista de mercado Camilo Motter, da Corretora Granoeste, de Cascavel/PR, outro ponto que deve ser levado em conta é o posicionamento dos investidores frente ao relatório de oferta e demanda de maio. Que vai trazer as primeiras projeções para a temporada 2023/24.
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O mercado avalia que a colheita norte-americana de soja deve se situar na faixa de 122,0MT, ante 116,4MT da última estação. Os estoques finais são esperados em leve alta. Enquanto isto, a produção brasileira deste ano deve ter mais acréscimos e, da Argentina, mais cortes.
Além disso, no mercado doméstico, as indicações de preços se mostram pressionadas por conta das perdas em Chicago e no câmbio. Por outro lado, os prêmios e certa redução dos fretes promovem algum alívio. Prêmios no spot são indicados na faixa entre -110/-90.