Os contratos negociados com milho na Bolsa de Chicago (CBOT) chegam ao intervalo nessa manhã de quarta-feira, 28/06, em baixa entre 13 e 15 cetns nos primeiros vencimentos. Ontem, fechou com queda de 27 pontos. A semana segue muito negativa, com perdas, até agora, de mais de 5% em Chicago. Na BMF, julho opera em R$ 55,60 (-0,2%) e setembro em R$ 57,50 (-1,6%).
De acordo com o analista de mercado Camilo Motter, da Corretora Granoeste de Cascavel/PR, o mercado de milho segue com tom negativo postado nas previsões de mais chuvas na região do Corn Belt. A onda de umidade que vem do Golfo pode trazer alívio e até mesmo melhorar a qualidade das lavouras que, em alguns dos principais estados, foram duramente castigadas durante este mês de junho.
Nesta sexta-feira, dia 30, o USDA divulgará dois importantes relatórios: o primeiro, referente a área de milho efetivamente semeada nesta temporada e o segundo, relativo aos estoques trimestrais dos EUA em 1º de junho.
A respeito da área semeada, é esperado um aumento de 3,7% sobre a temporada anterior. Analistas avaliam que o plantio deve alcançar 37,16MH, em linha com a primeira intenção, divulgada em fins de março, ante 35,85MH de 2022.
Em relação aos estoques trimestrais norte-americanos de milho em primeiro de junho, o mercado estima 108,2MT, contra 110,5MT da mesma data no ano passado. Em 1º de março de deste ano (trimestre anterior), os estoques eram de 188,0MT.
De acordo com a ANEC, as exportações brasileiras de milho começam a ganhar ritmo e, neste mês de junho, devem se aproximar de 1,2MT. A partir de julho, os embarques tendem a se acelerar, em um ano em que as projeções indicam exportações superiores a 50,0MT.
Internamente, apesar de certo atraso na colheita, começa a aparecer no mercado produto novo para comercialização disponível. Com isto, a tendência é que os preços domésticos convirjam definitivamente para a paridade internacional (CBOT, câmbio e prêmios). Por esta razão, as oscilações em Chicago e no câmbio terão influência direta na formação do preço interno. Além disso, o monitoramento sobre o comportamento do clima nos campos do Meio Oeste será fundamental daqui para frente.