Em junho de 2023, as exportações brasileiras somaram US$ 30,094 bilhões, com redução de 8,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior. A queda foi causada exclusivamente pela diminuição de 15,2% nos preços dos produtos, já que o volume exportado aumentou 6,7%. Os dados foram apresentados nesta segunda-feira (3/7), durante coletiva de imprensa online.
De acordo com a análise da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do MDIC, o nível das exportações brasileiras continua elevado. Apresenta o segundo maior valor para meses de junho, atrás somente de junho do ano passado. As importações do mês atingiram o valor de US$ 19,502 bilhões, redução de 18,2%. Efeito preponderante da queda de 17,7% nos preços das compras do exterior já que o volume importado foi 3,3% menor. Com isso, a balança comercial de junho teve saldo positivo recorde de US$ 10,592 bi.
No período, a corrente de comércio foi de US$ 49,595 bilhões. Além disso, nos seis primeiros meses do ano, as exportações totalizaram US$ 166,153 bilhões. Já as importações, US$ 120,639 bilhões, com saldo positivo de US$ 45,514 bilhões e corrente de comércio de US$ 286,792 bilhões. A exportação e o saldo comercial do primeiro semestre são recordes históricos.
A Secretaria também divulgou a segunda previsão para os resultados da Balança Comercial de 2023. A nova estimativa aponta para um saldo comercial recorde de US$ 85 bilhões. A exportação para o ano é esperada em US$ 330 bilhões, o que ainda representa leve redução de 1,2% em relação ao resultado de 2022, mas a nova expectativa é cerca de US$ 6 bilhões acima da primeira previsão. A segunda previsão para a importação é de US$ 245 bilhões. Valor também acima ao da primeira previsão em US$ 5 bilhões, mas ainda com uma queda esperada de 10% em relação ao resultado de 2022.
De acordo com o Diretor de Planejamento e Inteligência Comercial, Herlon Brandão, a melhora do resultado da segunda previsão em relação à primeira é reflexo de um primeiro semestre acima do esperado com um bom desempenho do volume embarcado e de uma menor queda das importações. Tanto as expectativas para a economia brasileira quanto a mundial melhoraram ao longo do primeiro semestre.
Entretanto, o nível de incerteza quanto ao desempenho da economia mundial continua elevado. A continuidade do crescimento das taxas de juros nos países desenvolvidos e um crescimento lento da China se constituem em desafios para o comércio internacional.
No mês, as vendas externas dos setores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 19,63 milhões (5,3%) em agropecuária; queda de US$ 66,91 milhões (-19%) em indústria extrativa e queda de US$ 82,89 milhões (-10%) em produtos da indústria de transformação. Além disso, a combinação destes resultados levou a uma diminuição das exportações.
Nas compras externas, no último mês, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: queda de US$ 12,04 milhões (-45,0%) em agropecuária. Diminuição de US$ 53,41 milhões (-48,0%) em indústria extrativa e queda de US$ 138,92 milhões (-14,1%) em produtos da indústria de transformação. A combinação destes resultados levou a uma diminuição das importações.
Além disso, nas exportações, se comparadas às médias de janeiro a junho (US$ 1,339 bilhão) com a média do mesmo período do ano passado (US$ 1,323 bilhão) houve crescimento de 1,3%. Em relação às importações, houve queda de 7,1% no mesmo comparativo (US$ 972,89 milhões/ US$ 1,046 bilhão). Por fim, a média diária da corrente de comércio totalizou US$ 2,312 bilhões e apresentou queda de 2,4% na comparação entre estes períodos.