Os contratos negociados com soja, em Chicago, mantêm o tom positivo nesta abertura de semana – alta de 12 cents, a U$ 14,92/agosto. As preocupações com o clima no Meio Oeste, com temperaturas acima do normal e baixos volumes de chuvas em muitas regiões, seguem dando suporte. Além disto, tem a promessa da Rússia de não renovar o acordo para escoamento da safra de grãos da Ucrânia. Ao longo da última semana, houve ganhos de quase 4% na bolsa norte-americana.
Mesmo com um relatório de oferta e demanda tido como baixista, o mercado se volta para as questões climáticas e para o potencial produtivo das lavouras. A drástica redução de área semeada, coloca ainda mais pressão sobre a necessidade de um bom nível de produtividade. Os preços, portanto, estarão muito sensíveis ao clima.
O cultivo com soja no Brasil seguirá em alta. É o que indica o levantamento de intenção de plantio para a temporada 2023/24, realizado pela consultoria Safras & Mercado. A área deverá aumentar em 2,5%, para 45,62MH. A produtividade é indicada em 59,95 scs/ha, ante 58,75 scs/ha deste último ano. A produção poderá atingir 163,25MT, um novo e alargado recorde, com aumento de 4,5% sobre as 156,15MT da última campanha.
Os preços no mercado doméstico se apresentam mais atrativos nos últimos dias – no melhor ponto em meses. De qualquer maneira, os ganhos em Chicago ainda são limitados pelos prêmios e câmbio. Prêmios no spot nos principais portos brasileiros, são indicados na faixa de menos 110/60.
As Indicações de compra são apontadas entre R$ 137,00/140,00 no oeste do estado e na faixa de R$ 148,00/150,00 em Paranaguá – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do prazo de embarque.