Na audiência foi discutido vários pontos da revisão proposta pelo MAPA da Instrução Normativa número 11 (IN 11/2007) que trata do Padrão Oficial de Classificação do Grão. Participaram também da Audiência Pública pesquisadores, representantes de Traders, cerealistas, cooperativas e empresas prestadoras do serviço de classificação.
A questão da soja descartada no processo de comercialização foi muito discutida na audiência. A indústria hoje relaciona os defeitos e prejuízos à qualidade da soja processada, contudo estudos da Embrapa apontaram que independente dos defeitos encontrados, a soja brasileira tem boa qualidade.
A Aprosoja trouxe a público na audiência pesquisa da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), que demonstrou que 100% dos grãos classificados com defeitos (ardido, fermentado ou mesmo mofado) foram aproveitados na preparação das rações para aves, suínos, bovinos e ovinos (não comprometendo a qualidade do farelo produzido).
A entidade sugeriu às empresas e cooperativas que compram soja, bem como a Embrapa Soja e a Aves e Suínos, que participem de uma próxima pesquisa, para que o entendimento de qualidade da soja seja aperfeiçoado.
Para o presidente da Aprosoja Brasil, Antonio Galvan, “a soja não deve ser classificada com base na aparência do grão, tirando o que for para o consumo humano, mas com base na proteína e óleo que possui. E o que a pesquisa da UFMT deixou claro é que a presença dos defeitos nos graos de soja não alterou o ganho de peso e a saúde dos animais, portanto, não pode simplesmente ser descontada do produtor como se não prestasse para nada”, finalizou o líder.