Milho recua em Chicago com mercado focado no relatório do USDA e adiamento das tarifas entre EUA e China.
Os preços do milho recuam nesta terça-feira na CBOT, devolvendo parte dos ganhos da sessão anterior. No momento, o contrato para setembro cai 3 pontos, cotado a US$ 3,81 por bushel. Apesar do adiamento por 90 dias das novas tarifas dos EUA sobre importações da China, o mercado apresenta cautela.
Na BMF, a posição para setembro opera estável a R$ 65,30, enquanto a de novembro sobe para R$ 67,70. Assim, os investidores aguardam a divulgação do relatório de oferta e demanda do USDA, prevista para esta tarde, que deve influenciar os próximos movimentos.
Os analistas esperam que o relatório mostre produção recorde nos EUA, estimada em 406 milhões de toneladas. Isso representa um aumento de 1% sobre a projeção de julho e 8% em relação à safra anterior. Além disso, prevê-se alta nos estoques finais, o que pressiona os preços para baixo.
No Meio Oeste americano, as lavouras continuam em boas condições. O USDA indica que 72% das áreas estão em boas ou excelentes condições, uma queda de apenas um ponto em relação à semana anterior. Por outro lado, 21% das lavouras permanecem em condição regular e 7% em situação ruim ou péssima. Vale destacar que esses números superam os registrados no mesmo período de 2024.
Quanto ao desenvolvimento da safra, 94% das plantações alcançaram a fase de pendoamento, 58% estão em formação de espigas e grãos, e 14% já finalizam os grãos. Esses índices acompanham a média histórica e os dados do ano passado.
No mercado físico, o milho no oeste do Paraná apresenta indicações de compra entre R$ 56,00 e R$ 59,00 por saca. Em Paranaguá, os preços oscilam de R$ 64,00 a R$ 66,00, conforme o prazo de pagamento e a localização do lote. A Granoeste destaca essas variações e acompanha de perto a movimentação no mercado regional.
Por fim, no câmbio, o dólar opera estável a R$ 5,44, praticamente sem variação em relação ao fechamento anterior, o que mantém o cenário cambial favorável para as exportações.