Contratos negociados com milho em Chicago operam estáveis neste momento, a U$ 6,51/março. Na sessão anterior, o pregão encerrou entre 2 e 3 cents de baixa, ainda pesando a maior oferta de milho nos portos do Mar Negro e a perspectiva de chuvas em partes da América do Sul. A BMF opera em R$ 87,80/janeiro (-0,2%) e R$ 91,30/março (-0,1%).
O USDA acaba de atualizar os números das exportações norte-americanas de milho. Na última semana foram 0,96MT. No acumulado da estação, o volume bate em 20,0MT, ante 38,5MT do mesmo período do ciclo passado. Já, os embarques avançam para 7,26MT, contra 11,6MT do mesmo intervalo do ano anterior.
No Rio Grande do Sul, o noticiário vem reportando que o clima adverso começa a causar danos às lavouras em algumas regiões, com perdas já sendo relatadas, mas ainda sem a quantificação. As previsões indicam continuidade do clima adverso, num ano marcado, novamente, pela ocorrência do La Niña. Grande parte das lavouras ainda se encontra na fase de desenvolvimento vegetativo. Um percentual baixo ainda sequer foi semeado; cerca de 30% estão na fase de floração e as áreas mais adiantadas, entre 15% e 20%, já entraram na fase de enchimento de grãos e maturação.
Entretanto na Argentina, o cenário é ainda pior. Além de poucas chuvas e mal distribuídas, o clima segue bastante quente.
Não só as culturas de verão, como milho e soja, vêm sofrendo com as adversidades climáticas no país vizinho. O trigo também perdeu grande parte de seu potencial. Novo levantamento da Bolsa de Rosário indica a produção de trigo em apenas 11,5MT, ante 13,0MT estimadas no mês passado e 20,0MT quando do plantio.
Para o milho, a Bolsa de Rosário estima a colheita deste ano em 53,0MT, ante 54,0MT de avaliações anteriores e 50,0MT da safra anterior. O USDA em seu levantamento em dezembro aponta a safra em 55,0MT. O plantio está atrasado em relação ao ano passado, chegando ao redor dos 50%, numa área estimada em 7,3MH.