Os preços do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a manhã de terça-feira, 07/03, operando com leves perdas, cotadas em U$ 6,36/maio. Ontem, houve queda de 3 cents. A BMF trabalha em R$ 86,90/março (-0,2%) e R$ 87,00/ julho (-0,1%).
Amanhã será divulgado relatório mensal de oferta e demanda do USDA, que deverá apontar aumento dos estoques norte-americanos de milho. Segundo o analista de mercado, Camilo Motter, da Corrretora Granoeste de Cascavel/PR, isto se deve à lentidão das exportações do país. Por outro lado, os estoques globais tendem a apresentar certa redução. A grande expectativa, porém, é em relação à Argentina, que deve ter mais cortes na produção, para algo como 43,0MT, ante 47,0MT de fevereiro.
A Bolsa de Grãos de Buenos Aires estima a previsão de produção de milho no país em 41,0MT, e já prevê a possibilidade de novos cortes caso a produtividade das colheitas precoces continue se apresentado baixas.
Para o Brasil, a produção é avaliada estável, em 125,0MT. Contudo, a CONAB aponta produção para a safra brasileira na temporada 2022/23 em 123,7MT.
Segundo o IMEA, haverá aumento de 3,8% na área de milho safrinha no Mato Grosso, mesmo com atrasos na colheita de soja e, consequentemente, atraso na semeadura do milho. Estima-se que cerca de 20% da área ficará fora da janela ideal; essa aposta se deve aos altos preços do grão, além dos problemas climáticos que estão limitando a produção na Europa e na Argentina.
Motter destaca que o mercado interno segue em ritmo bastante lento; o foco segue direcionado para a logística da soja, fazendo com que os preços dos fretes subam de forma acentuada e cortem as indicações de preço no FOB. Contrariamente, os problemas climáticos na Argentina e o conflito no Leste Europeu concorrem para promover sustentação aos preços.