Os preços da soja operam estáveis nos futuros de Chicago (CBOT) nessa manhã de quarta-feira, 07/06. Ontem, houve ganhos entre 3 e 5 cents nos vencimentos mais próximos. Preocupações com o clima nos campos de cultivo dos EUA seguem no radar e devem manter suporte para as cotações.
De acordo com o analista de mercado, Camilo Motter, da Corretora Granoeste de Cascavel/PR os negociadores também buscam ajustar as carteiras para receber o relatório de oferta e demanda de junho, que será apresentado nesta sexta-feira.
Relatório do USDA indica que o plantio da safra norte-americana está na reta final, alcançando 91% até o último domingo, ante 76% do mesmo ponto do ano passado. Em relação à qualidade, 62% das lavouras são considerados boas/excelentes, um índice nem tanto animador para o início de evolução das plantas.
O relatório de oferta e demanda de junho não deve trazer maiores novidades. O mercado aguarda algum corte nas estimativas de colheita dos EUA no comparativo com maio. Ao mesmo tempo, os estoques são esperados nos mesmos patamares.
O mercado doméstico vive o pior momento em quase três anos. Embora a CBOT tenha mostrado alguma recuperação nos últimos dias, o mercado ainda sente os reflexos da grande pressão ocorrida durante maio, quando a posição presente caiu abaixo dos U$ 13,00. Câmbio e prêmios também se mantêm acomodados e não ajudam na formação do preço.
De maneira geral, a comercialização segue atrasada e em ritmo lento. Muitos produtores, depois da intensa pressão vivida nos últimos meses, passaram a adotar uma postura restritiva, apostando em eventuais percalços na evolução da safra norte-americana. Os canais logísticos, sobretudo nos portos, continuam a apresentar lentidão e atrasos.