De acordo com o analista de mercado, Camilo Motter da Corretora Granoeste, de Cascavel/PR, depois dos ganhos da primeira sessão da semana, fundos e investidores adotaram uma postura mais vendedora, diante da queda dos preços de outras commodities, notadamente do petróleo, e pela busca por ativos menos voláteis.
Em termos fundamentais, o mercado segue avaliando até que ponto a boa produtividade brasileira poderá compensar as perdas argentinas e, com isto, amenizar os impactos negativos da queda da oferta. Enquanto isto, apesar dos bons embarques de soja norte-americana neste início de ano, as atenções se voltam para os negócios no Brasil – que deve despachar mais de 8,0MT neste mês de fevereiro.
Motter destaca que o mercado também está atento ao Fórum Anual do USDA, que acontece nesta quinta e sexta-feira. Amanhã, 24/02, será divulgada uma primeira estimativa sobre área semeada dos principais produtos na próxima campanha de primavera/verão.
A Conab informa que a colheita da safra brasileira chega a 23%, ante 33% do mesmo ponto do ano passado. Na semana houve avanço de 8 pontos percentuais.
No mercado brasileiro, numa semana marcada por feriados, os preços se apresentam pressionados – no pior nível em meses. Isto deixa o fluxo lento, apesar da necessidade de vendas por questões logísticas e financeiras. O avanço da colheita e a perspectiva de safra cheia limitam o potencial de ganhos na CBOT e derrubaram os prêmios nos portos.