Os contratos negociados com milho na Bolsa de Chicago (CBOT) operam em alta de 3 a 4 pontos nos primeiros vencimentos, a U$ 4,90/setembro. Ontem, os principais vencimentos fecharam com queda de até 2 cents. Na BMF, julho opera em R$ 53,90 (+1,1%) e setembro em R$ 55,95 (+0,9%).
De acordo com o USDA, a produção de milho na China, segundo maior produtor mundial, atrás dos EUA, poderá atingir 280,0MT, ante 277,2MT do ano passado. Segundo o analista de mercado Camilo Motter, da Corretora Granoeste de Cascavel/PR, o consumo interno é projetado em alta, passando de 301,0MT para 305,0MT. Dessa forma, as importações também são esperadas em alta, saltando de 18,0MT neste ano para 20,0MT em 2023/24.
De acordo com levantamento da ANEC as exportações brasileiras de milho, em julho, são estimadas em 6,3MT, contra 2,2MT de julho de 2022. Em junho, os embarques chegaram a 1,2MT. Do início da temporada, somando as projeções de embarque de julho, as exportações vão alcançar 15,8MT. A temporada deve fechar com um novo recorde, com despachos superiores a 50,0MT.
Internamente, com o avanço da colheita e com o aumento da disponibilidade, os preços ficam ainda mais dependentes das cotações internacionais, resultantes da equação entre CBOT, câmbio e prêmios. Por esta razão, as oscilações nestas variáveis terão influência direta na formação do preço, inclusive nas negociações para o consumo interno. Além disso, o monitoramento sobre o comportamento do clima nos campos do Meio Oeste será fundamental daqui para frente. A colheita vai avançando e já ultrapassa os 20% e nível de país.