Presentes em óleos vegetais e animais e reconhecidos por sua função nutricional, os ômegas são alvo de PD&I do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital-APTA), que apresentará em webinar gratuito metodologias de microencapsulação para produção de ingredientes à base desses ácidos graxos poli-insaturados protegidos para uso adequado em alimentos industrializados como chocolates e barras de cereais. O evento ocorrerá na segunda-feira (28), às 14h, via Zoom com transmissão pelo YouTube da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, órgão ao qual o Instituto está vinculado, coordenado pela Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA).
Com investimento total de R＄ 164,3 mil através de três projetos financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de SP (Fapesp), os trabalhos concretizam mais uma ação prevista no Programa de Metas do Governo de SP. "Quando adicionados em produtos alimentícios os ômegas podem ter sabor ruim por sofrerem oxidação, sendo uma solução aplicar a microencapsulação para protegê-los durante o processamento dos alimentos e, consequentemente, conservar seus benefícios nutricionais", esclarece a pesquisadora Izabela Dutra Alvim, que atua no Centro de Tecnologia de Cereais e Chocolate (Cereal Chocotec) do Ital e coordena pesquisas, desenvolvimentos, inovação, consultorias, serviços tecnológicos e transferências de conhecimento na área.
Os trabalhos a serem apresentados no webinar resultaram em duas teses de doutorado concluídas na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e na Universidade de São Paulo (USP), duas dissertações de mestrado no Ital, uma concluída e uma em andamento, e artigos publicados, além de uma solicitação de patente em andamento. "A novidade é mais um passo para a fabricação de alimentos cada vez mais saudáveis, pois dentre os benefícios conhecidos dos ômegas estão a prevenção de doenças cardiovasculares e inflamatórias, o desenvolvimento neural durante a gestão, a prevenção de trombose e câncer e a melhora na imunidade", ressalta Izabela, que contou com a parceria dos pesquisadores Ana Lúcia Fadini e Valdecir Luccas, vice-diretor do Cereal Chocotec, para produzir protótipos de ingredientes e produtos.
