O Instituto de Engenharia (IE) fez um manifesto em apoio ao trabalho da Ministra da Agricultura e Pecuária, a Engª Agrônoma Tereza Cristina, que ganhou agora adesão de 20 associações nacionais de diversos setores, entre elas, Secovi-SP, Abrainc e ABIFER.
O apoio das entidades ao trabalho da ministra está baseado nos desafios que o Brasil tem pela frente, por exemplo, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), projeta que o Brasil teria que produzir 40% a mais de alimentos para alimentar o mundo até 2050.
Por isso, o documento destaca o papel do Brasil como produtor de comida para alimentar o mundo nesse momento da Covid-19 e da engenharia na superação de desafios de infraestrutura e gargalos logísticos que comprometem a competitividade dos produtos brasileiros.
"A continuidade do desenvolvimento do agronegócio é estratégica para o País nesse momento e tem na ministra Tereza Cristina sua principal líder", afirma Eduardo Lafraia, presidente do Instituto de Engenharia.
Na visão das entidades, o agronegócio é uma das únicas atividades que segue produzindo volumes recordes mesmo com a pandemia da Covid-19 e será o único da economia que apresentará crescimento em 2020, evitando um tombo maior do PIB.
Entre os diversos países do mundo, o Brasil poderá ser aquele com melhores condições de retomada, por dispor de grandes excedentes de alimentos para exportação. Neste ano, o agronegócio colheu a maior safra da história do país - quase 252 milhões de toneladas, 10 milhões acima da safra passada. Por exemplo, entre janeiro e abril deste ano, o agropecuário brasileiro faturou, em exportações, 17,5% mais igual período de 2019, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia. Houve aumento de embarques especialmente para a Ásia, com destaque para a China. A soma das exportações alcança US$ 67,833 bilhões e as importações, US$ 55,56 bilhões.
Novos olhares da Engenharia para o Brasil
O Instituto de Engenharia (IE) a produziu o estudo Brasil: Alimentos para o Mundo. A meta é ajudar o Brasil por meio da engenharia a desempenhar um papel de protagonismo, ao contribuir decisivamente para a redução da fome no mundo. Desenvolvido por especialistas, tendo Jorge Hori como relator do estudo o estudo é baseado em três pilares: agronegócio, mercado mundial e iniciativa privada. O estudo já foi encaminhado aos novos governos (federais e estaduais) para que seja incorporado nas medidas governamentais dos próximos anos. "A ideia é que o projeto faça parte das políticas públicas", conta Hori, informando que desde o início deste ano serão desenvolvidas ações de estímulo ao projeto. A íntegra do estudo Brasil: Alimentos para o Mundo está disponível em http://www.institutodeengenharia.org.br/site/wp-content/uploads/2018/10/Alimentos.pdf.
O Instituto de Engenharia defende também que o governo federal precisa agir rapidamente para suprir a necessidade dos agricultores em melhorar o escoamento de produtos por meio de um modal ferroviário. Neste pensamento, o IE tem o estudo: Ocupação Sustentável do Território Nacional pela Ferrovia Associada ao Agronegócio. Esse material explica ponto a ponto como seria esse avanço do agronegócio por meio de uma expansão ferroviária. Abaixo, segue o manifesto completo e a listagem de todas associações que assinaram o documento.
Manifesto em apoio à Ministra Tereza Cristina
O Instituto de Engenharia e as entidades abaixo firmadas vêm manifestar à Sociedade o seu apoio ao trabalho da Ministra da Agricultura e Pecuária, Engª Agrônoma Tereza Cristina, à frente do agronegócio brasileiro. O agronegócio não parou com a pandemia, prossegue produzindo volumes recordes de grãos, carnes e outros produtos, além de seguir exportando.
Continua assegurando superávits comerciais, garantindo recursos de que o País precisa, inclusive para a compra de equipamentos necessários de combate ao coronavírus, trazendo certa tranquilidade para fazer frente aos seus compromissos.
O agronegócio será o único setor da economia que apresentará crescimento em 2020, evitando um tombo maior do PIB. Entre os diversos países do mundo, o Brasil poderá ser aquele com melhores condições de retomada, por dispor de grandes excedentes de alimentos para exportação.
O mundo precisa de comida, mais ainda pós-crise, e o Brasil vem cumprindo o seu papel de suprir o mundo de alimentos, mas é preciso ir além: devemos nos transformar num dos principais fornecedores mundiais de alimentos prontos ou semiprontos para consumo, processando e industrializando nossas matérias-primas. Para isso a Engenharia brasileira terá um papel fundamental na superação dos gargalos logísticos e de outras áreas de infraestrutura que comprometem a competitividade dos seus produtos, como no desenvolvimento de tecnologias que viabilizem o propósito.
Entendemos que o desenvolvimento do agronegócio brasileiro, agregando cada vez mais valor aos seus produtos, deve ser o um dos principais caminhos trilhados pelo Brasil em direção ao seu futuro. Deverá ser, juntamente com a construção civil, um dos principais eixos a orientar os investimentos em infraestrutura a serem implantados de imediato como instrumento para reanimar a economia e gerar empregos no pós-crise.
O Brasil precisa investir fortemente na sua infraestrutura, mas não pode fazê-lo sem planejamento e projetos adequados. Devemos, neste momento, fazer os projetos de Engenharia para estarmos preparados para retomar a economia de forma mais rápida.
A continuidade do desenvolvimento do agronegócio é essencial e tem na Ministra Tereza Cristina sua principal líder.
Associações que assinaram o manifesto:
Instituto de Engenharia (IE); COFECI- Conselho Federal de Corretores de Imóveis; AABIC - Associação das Administradoras de Bens de Imóveis e Condomínios de São Paulo; ABIFER - Associação Brasileira da Indústria Ferroviária; ABRAINC - Associação Brasileira de Incorporadoras; ABRINSTAL - Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência de Instalações; ACSP - Associação Comercial de São Paulo; ADEMI - RJ - Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário; ADIT BRASIL - Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil; ADVB - Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil; AELO - Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento do Estado de São Paulo; APEOP - Associação para o Progresso de Empresas de Obras de Infraestrutura Social e Logística; FIABCI - Federação Internacional Imobiliária; SINAENCO - Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva; SCIESP - Sindicato dos Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo; SECOVI - SP - Sindicato da Habitação; SINDUSCON - Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo; SINICESP - Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Estado de São Paulo; SOBRATEMA - Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração e SRB - Sociedade Rural Brasileira.
Sobre o Instituto de Engenharia
O Instituto de Engenharia é uma sociedade civil sem fins lucrativos, com mais de cem anos de tradição, credibilidade e comprometimento com o desenvolvimento do Brasil. Seu quadro de associados é constituído por personalidades importantes de todas as áreas da Engenharia do Brasil, firmando-se como uma das mais conceituadas entidades do ramo no Brasil. Em sua sede, são realizados diversos eventos, cursos e palestras, além de visitas técnicas para promover a troca de informações e o desenvolvimento da qualidade e da credibilidade dos profissionais, bem como a valorização da engenharia e os avanços científico e tecnológico do País.