INMET prevê chuvas acima da média no Norte e irregulares no Centro Sul do Brasil em março

Pelo jeito as chuvas devem continuar afetando a colheita da safra verão e o plantio do milho safrinha no Brasil. Segundo informacões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o mês de março apresenta uma tendência de chuvas próximas e acima da média em grande parte das regiões Norte e Nordeste. Os volumes surpreendem e podem ultrapassar os 250 milímetros (mm), principalmente, em áreas do nordeste do Pará, divisa deste estado com o Amazonas, norte do Maranhão e do Piauí. O INMET é um órgão do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e representa o Brasil junto à Organização Meteorológica Mundial (OMM) desde 1950.

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MUITA CHUVA EM MATOPIBA

Os prognósticos climáticos para o mês de março de 2023 e seu possível impacto na safra de grãos 2022/23 para as diferentes regiões produtoras, é possível observar que em áreas do MATOPIBA (região que engloba o Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) os níveis de água no solo poderão continuar elevados e beneficiar as culturas de primeira safra que se encontrem em estágios fenológicos mais sensíveis. Entretanto, em áreas centrais e do nordeste baiano, mesmo que ocorram chuvas dentro da média, o armazenamento de água no solo poderá continuar baixo e impactar negativamente as culturas na região.

ESTIAGEM NO NORDESTE

Já na divisa do sul do Amazonas com Rondônia, sul de Tocantins, nordeste da Bahia, Sergipe, Alagoas e agreste de Pernambuco, os volumes de chuva poderão ficar ligeiramente abaixo da média.

CHUVAS NA MÉDIA PARA O CENTRO OESTE E SUDESTE

Para as regiões Centro-Oeste e Sudeste, a previsão indica o predomínio de chuvas próximas e acima da média, exceto no oeste de São Paulo, sudoeste de Minas Gerais, noroeste de Mato Grosso, nordeste de Goiás e extremo oeste e sudoeste do Mato Grosso do Sul, onde os volumes devem ficar ligeiramente abaixo da média.

CHOVE ACIMA DA MÉDIA NO SUL

Para a Região Sul, são previstas chuvas próximas e ligeiramente acima da média, com volumes que podem ultrapassar os 140 mm sobre a parte costeira do Paraná e Santa Catarina. No oeste do Paraná e extremo sul do Rio Grande do Sul, a previsão indica chuvas ligeiramente abaixo da média.

a atenção maior se encontra em áreas do Rio Grande do Sul, que vêm sofrendo com as chuvas irregulares e baixos níveis de armazenamento de água no solo, o que causou restrição hídrica aos cultivos de primeira safra. No entanto, as previsões de chuva dentro ou ligeiramente acima da média no estado poderão amenizar ligeiramente o déficit hídrico, mas ainda manter baixos níveis de água no solo.

Já no Paraná e Santa Catarina, mesmo que ocorram chuvas ligeiramente abaixo da média, os níveis de água no solo ainda poderão continuar altos, devido, principalmente, aos altos volumes de chuva que foram observados nos últimos meses, o que pode beneficiar o estabelecimento dos cultivos de segunda safra e as fases finais dos cultivos de primeira safra.

MILHO E FEIJÃO BENEFICIADOS NO BRASIL CENTRAL

No Brasil Central, os grandes volumes de chuva observados nos últimos meses foram importantes para a manutenção dos níveis de água no solo e o bom desenvolvimento dos cultivos de primeira safra, como a soja, milho, feijão e algodão. Além disso, as chuvas dentro ou acima da média previstas podem auxiliar na manutenção da umidade no solo e favorecer o estabelecimento das culturas de segunda safra, como o milho e o feijão. Em áreas do norte de Minas Gerais, o armazenamento de água no solo ainda poderá continuar baixo, gerando atenção para as culturas que são produzidas na região.

TEMPERATURA

A previsão do Inmet indica que as temperaturas devem ficar acima da média em grande parte do centro-sul do País, principalmente, nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná e oeste de Goiás e do Mato Grosso do Sul.

Já no norte das regiões Norte e Nordeste, são previstas temperaturas próximas à média, com valores que podem ultrapassar os 26ºC. Em alguns pontos do noroeste do Amazonas, norte do Amapá, faixa norte do Maranhão, Piauí e Ceará, as temperaturas podem ficar ligeiramente abaixo da média (Veja figura 1b - cor azul no mapa), devido à persistência de dias chuvosos nestas áreas.