A Influenza Aviária, também conhecida como Gripe Aviária, é uma doença viral, altamente contagiosa, e uma série ameaça para a avicultura comercial. A doença ainda não foi registrada no Brasil, mas já surgiram casos entre aves silvestres na Argentina e Uruguai.
A partir desse registro, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e as secretarias estaduais de Agricultura intensificaram as medidas de prevenção contra a doença em todo o território brasileiro. No Paraná, a Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná), os Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural e o IDR-Paraná deram início a uma série de reuniões para discutir medidas de contingência contra a doença.
Também está sendo apresentado um plano de ação das integradoras de avicultura. Produtores de Medianeira e Foz do Iguaçu já participaram das reuniões técnicas. Nos próximos dias outros municípios realizarão encontros para discutir o assunto (Veja calendário abaixo).
O Brasil é livre de Influenza Aviária, mas a ocorrência da morte de aves silvestres em parques nacionais da Argentina e do Uruguai deixou o setor avícola em alerta, já que as aves migratórias selvagens são o principal vetor que leva o vírus da Influenza Aviária de uma região para outra.
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Ainda que a gripe não tenha sido detectada em granjas comerciais, a notícia é preocupante porque mostra que o vírus causador da Influenza está cada vez mais próximo das fronteiras brasileiras.
Raramente se verifica a contaminação de seres humanos pelo vírus da Influenza Aviária. No entanto, a doença tem alto poder de letalidade entre as aves. Vale destacar que o consumo de carne e ovos de aves não traz risco relevante e a transmissão para as pessoas ocorre apenas pelo contato prolongado com aves contaminadas.
Por isso, o grande risco que a doença traz ao Brasil é econômico, uma vez que o país é o maior exportador de carne de frango do mundo. Atualmente, o país tem passe livre para exportar sua produção para cerca de 150 países, obtendo uma receita anual da ordem de US$ 7,6 bilhões.
O Paraná é o primeiro estado no ranking nacional na exportação de carne de frango. Segundo o Diagnóstico Agropecuário Paranaense, safra 2020/2021, da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), as vendas de carne de frango somaram US$ 2,8 bilhões no período. As exportações de frangos vivos e ovos férteis atingiram US$ 27,7 milhões. O Paraná ainda é o segundo maior produtor de ovos do país.
Entre as medidas que os técnicos indicam para evitar a entrada de vírus na propriedade, está o controle rígido da entrada de pessoas na propriedade. O simples contato de uma vestimenta contaminada pode contaminar todo o lote de aves. Veículos e equipamentos devem ser lavados e desinfetados antes de entrar na granja.
O produtor deve também evitar emprestar equipamentos para uso em sua propriedade. O trabalhador nas granjas deve usar calçados e roupas limpos e precisa desinfetá-los com frequência durante o trabalho. A água usada nas granjas, tanto para nebulização quanto para ser oferecida às aves, deve ser tratada.
Os técnicos ainda orientam que o produtor observe o seu plantel e comunique qualquer indicativo da doença às autoridades sanitárias. Aves com dificuldade respiratória, com secreção nasal ou ocular, espirros e incoordenação motora podem indicar a ocorrência de Influenza Aviária.
Além disso, a produção de ovos malformados e a queda no consumo de ração e água também são indicativos da doença. Além dos limites da granja, os especialistas alertam que o produtor que perceber uma alta mortalidade em aves domésticas ou silvestres deve comunicar o fato imediatamente para as autoridades sanitárias.
As reuniões na região Oeste vão seguir o seguinte calendário: